Mês: setembro 2018

O que você precisa saber sobre o treinamento funcional

Treinamento funcional… Funciona? De tempos em tempos surge uma nova moda no mercado fitness. Algumas duram mais do que outras, mas a verdade é que o treinamento físico embasado em ciência e fundamento em pesquisas é atemporal e é o que funciona. Dito isso, muito se fala hoje em “Treinamento Funcional”. Sou diariamente questionado por amigos, familiares e seguidores sobre o que é treinamento funcional e, confesso, que essa pergunta é, talvez, uma das mais difíceis de serem respondidas. Se você for em 10 academias diferentes que oferecem a modalidade treinamento funcional, você vai ver que cada uma faz um tipo de coisa diferente.

O que é o Treinamento Funcional

O significado da palavra “funcional” é algo que é relativo a função que se adquire em virtude de funções exercidas. Ora, se o treinamento é funcional, logo, ele deverá ter a ver com funções. Mas que funções são essas? O ser humano possui padrões de movimentos que vem desde os primórdios da nossa existência. Obviamente que estes padrões se alteram em grau de necessidade devido às alterações nas demandas que o processo de transformação social exige, mas os padrões se mantêm, nem mais nem menos. São eles:

  • Puxar
  • Empurrar
  • Agachar
  • Levantar
  • Girar
  • Avançar (andar, correr)

Pensando nesses padrões e, tendo em mente o foco da nossa conversa, o treinamento funcional deve então fazer com que você alcance/recupere e evolua nestes padrões pensando em aprimorar a sua capacidade de movimento para melhorar a sua experiência de vida. Porém existe um problema no que é oferecido atualmente no mercado, pois o treinamento funcional existente não se importa muito com isso. O que vemos por aí é a tentativa absurda de proporcionar um treinamento divertido, animado, com exercícios dos mais variados possíveis, mas que, analisando de maneira científica, não faz o menor sentido. Se tornou uma grande animação para adultos ao invés de um programa de treinamento eficiente.

Primeiros passos

O primeiro passo para um treino ser funcional é fazer uma avaliação da sua capacidade funcional. Isso se faz por meio de uma análise de movimento minuciosa a fim de identificar quais são as suas restrições e disfunções. Levantando esses dados é possível planejar um programa que irá atacar essas disfunções se utilizando de ferramentas, técnicas e exercícios que irão recuperar e aprimorar a sua capacidade funcional, melhorando a sua performance no que quer que você faça (trabalho, esportes, lazer e vida amorosa). Depois que se corrige um padrão de movimento deve-se, consecutivamente, iniciar a etapa de ganho de força. O ganho de força, ao contrário do que se vê por aí, deve ser a última coisa a ser foco de um treinamento. Isso porque treinar força sem estar preparado para isso pode ter consequências muito graves.

A força é a capacidade mais funcional de todas. É a força que faz com que a gravidade da terra não te esmague. É a força que faz com que você consiga levantar da cama todos os dias, logo, um treinamento que se apresenta como uma atividade capaz de aprimorar a sua funcionalidade deve, também, por obrigação, estimular o aumento da força máxima com treinos com muita sobrecarga e com volume baixo de repetições. Se você está fazendo um treinamento funcional, mas nunca fez um treino de força pesado, então o seu treino não é funcional.

Desenvolvimento assertivo

Obviamente que os treinos com sobrecargas devem estar condicionados a qualidade do seu movimento. Só pode-se agachar com uma barra nas costas se o seu agachamento livre for bom. É muito arriscado iniciar um treinamento intenso sem ter a devida preparação, a correção de disfunções e a prevenção de lesões. Treinos pesados, intensos e difíceis, qualquer um é capaz de prescrever. É fácil! Basta exagerar muito em tudo e pronto, eis um treino pesado. Agora, prescrever um programa de treino que seja funcional, que atenda suas demandas e que seja seguro e não te cause dor nem lesões, essa é uma tarefa um pouco mais complicada, que só quem detém o conhecimento teórico e prático bem desenvolvidos consegue.

Portanto, a próxima vez que você ver treinos com bola suíça, elasticozinhos, salto de corda, pular de peito no chão, subir em cima de uma caixa e bater com um martelo num pneu, saiba que treinamento funcional é algo muito mais profundo que isso. Um treino funcional correto deve ter:

  • Avaliação Funcional do Movimento
  • Correção de Movimento + Prevenção de Lesões
  • Treinamento de Força nos Padrões Funcionais do Movimento

Método especializado da Bliss

O Método ATP possui, em sua essência, o objetivo de deixar você o mais forte, o mais potente e o mais condicionado possível, porém, em cima de um padrão de movimento de qualidade. Com a nossa análise de movimento somos capazes de prescrever um programa de treino realmente personalizado para atender às suas demandas, os seus objetivos e as suas necessidades, te fazendo ter o resultado que você quer, sem loucuras, sem invencionices mas sim com muito treino, muito estudo e embasamento teórico e prático.

Dores no ombro: um problema mais que comum

Dores no ombro são um problema tão comum que 70% das pessoas vão ser acometidas por dor nessa região pelo menos uma vez na vida. Essas dores podem ser causadas por vários fatores e patologias. Hoje vamos falar sobre a bursite.

Bursite no ombro

A bursite no ombro, também conhecida como bursite subacromial ou bursite subdeltoidea é a inflamação da Bursa – ou bolsa sinovial – que é uma bolsa cheia de líquido, que fica dentro das articulações e tem como principal função o amortecimento dos impactos causados pelo movimento humanos, seja decorrente da prática de um esporte, atravessar a rua correndo logo que o sinal abre ou arrastar um móvel dentro de casa. Esse amortecimento realizado pela Bursa diminui o atrito entre ossos, tendões, ligamentos e músculos dentro e ao redor da articulação. Essa inflamação pode ser decorrente diversos fatores. Dentre eles, destaco:

  • Movimentos repetitivos de forma errada;
  • Esforço além do limite físico suportado;
  • Uso excessivo da articulação;
  • Traumas;

É importante que você fique atento aos sintomas que esta patologia pode dar. Dores na região do ombro, restrição de movimento e inchaço são alguns dos principais sinais que seu corpo pode dar quando algo estiver errado. Neste caso é importante que você tente identificar qual a atividade que está causando estes problemas e interrompê-la momentaneamente. Em seguida procure um especialista em ombro para que ele possa te dar o devido diagnóstico e inicie o devido tratamento que, possivelmente, irá envolver ingestão de anti-inflamatórios (em casos mais graves), com algumas sessões de fisioterapia.

Após superar esta fase aguda do problema, é importante que você inicie um processo preventivo. A soltura e o alongamento muscular e o aumento da estabilidade e da força do ombro são fatores fundamentais para que esta patologia não volte a te incomodar ou, se você nunca foi acometido por ela, que você nunca a desenvolva.

Dentro dos movimentos repetitivos feitos de forma errada, destaco os exercícios em academias que, na grande maioria, são realizados sem a devida orientação. Se o seu ombro não está preparado para realizar uma amplitude de movimento requisitada, os atritos dentro dele serão enormes o que, possivelmente. Irá gerar uma inflamação futura. O mesmo se aplica a levantar cargas que você não está apto. Nossas estruturas articulares (músculos, tendões, ligamentos e ossos) possuem uma capacidade física que precisa ser respeitada. Se colocarmos uma sobrecarga sobre estas estruturas sem antes as treinarmos para isso, a chance de desenvolver uma disfunção é bem grande. É necessário então que você realize uma avaliação para saber como está o movimento do seu ombro antes de sair levantando peso “a torto e a direito” por aí.

Método ATP

O Método ATP possui uma Análise de Movimento que irá identificar se o seu ombro possui alguma disfunção, irá corrigir essa disfunção por meio de técnicas de liberação miofascial e exercícios de mobilidade e estabilidade articular, e prepará-la corretamente para a prática de atividade física, diminuindo ao máximo os riscos de desenvolver uma lesão seguida de uma patologia e tornando-a uma pessoa durável no treinamento, sempre em evolução e apta a alcançar todos os seus objetivos.

Sobrepeso: Entenda os malefícios da obesidade

Cuidar do sobrepeso não é algo simplesmente ligado a estética. As consequências negativas fisiológicas da obesidade são enormes e dos mais variados que, se não cuidados e tratados, irão evoluir até se transformarem em doenças, em casos mais graves, irreversíveis. Quando somos jovens, nosso corpo consegue ainda combater os efeitos negativos por causa da força do nosso coração, da elasticidade e resistência dos nossos vasos sanguíneos e nosso metabolismo alto. Porém, quanto mais velho vamos ficando, maiores são os danos causados pelo sobre peso ao nosso corpo. Nossa capacidade de bombear o sangue pelo corpo já não é mais a mesma, nossos vasos sanguíneos e artérias ficam mais fracas e rígidas e o nosso metabolismo desacelera sendo, inclusive, mais difícil reverter o quadro.

Malefícios da obesidade

  • Doenças Cardiovasculares: pessoas acima do peso tem propensão a ter hipertensão arterial e alto colesterol, aumentando os níveis de ter um AVC ou Infarto do Miocárdio;
  • Apneia do Sono: o excesso de gordura no pescoço e tronco dificultam a respiração e podem gerar paradas respiratórias involuntárias durante o sono;
  • Diabetes: o excesso de peso tem sido associado principalmente a diabete tipo II principalmente pela resistência a insulina desenvolvida pelo excesso de peso;
  • Doenças Degenerativas do Sistema Osteomioarticular: o sobrepeso aumenta o desgaste das articulações causada pela sobrecarga. Aliado a isso, pessoas obesas são, normalmente sedentárias, o que diminui a força muscular e a capacidade de suportar este sobrepeso. Surgem então as Condropatias e Artroses;
  • Neoplasias ou Câncer: devido a complicações metabólicas e a resistência a insulina, a predisposição de desenvolver estes tumores aumenta;

Benefícios do combate

O exercício físico aliado a uma alimentação correta é a forma mais efetiva de combater o sobrepeso e/ou obesidade. Ao aderir a um programa de treinamento, os benefícios são imediatos. Dentre os inúmeros benefícios, destaco:

  • O aumento do gasto calórico: com o treinamento físico, o seu corpo irá demandar energia para se movimentar o que irá fazer com que seu corpo busque as reservas de gordura armazenada.
  • O aumento do metabolismo: com a continuidade do treinamento, o seu metabolismo será aumentado pois o seu organismo terá como costume o gasto de energia. O aumento da massa muscular também contribui, pois, o corpo precisa gastar mais energia para manter o músculo do que a gordura;
  • Diminuição de Dores articulares: o sobrepeso sobrecarrega as articulações. A própria perda de peso já irá aliviar essas dores. Porém, o efeito mais imediato que se tem é pelo ganho de força muscular que irá te deixar capaz de sustentar a sobrecarga evitando os desgastes articulares sejam eles nos joelhos ou coluna;
  • Diminuição das Taxas Metabólicas: o colesterol e a glicemia são vilões do nosso corpo quando estão em níveis elevados. Eles podem causar doenças graves. Ao iniciar um programa de treino, as suas taxas irão cair rapidamente, afastando você desse estado de risco cardiovascular.

Mas, logicamente, mais importante do que iniciar um programa de treino é iniciar um programa de treino adequado. Pelo fato do sobrepeso causar diversos problemas, o treinamento deve ser iniciado com vários cuidados para fazer com que ele seja benéfico e você consiga aderir a ele. Um treinamento que respeite a sua condição física e a sua rotina diária é fundamental para que consiga encaixar os treinos dentro da sua programação semanal, sem atrapalhar as suas atividades de trabalho e lazer fazendo com que treinar se torne algo natural, prazeroso e motivante.

Na BLISS temos um enorme cuidado em fazer com que você se sinta bem se movimentando. Um início leve, com aumento progressivo e coerente da intensidade, respeitando seus limites físicos é a nossa maior preocupação. Apressar o ganho de resultados só irá te deixar mais estressado, te causar mais dores e te afastar mais uma vez do treinamento. Portanto é importante ter calma e paciência consigo mesmo. No início do treinamento o foco é te preparar para treinar. Construir bases físicas sólidas para que você consiga treinar com intensidade. Isso vai te deixar durável no treinamento. Depois disso a evolução ocorre, o seu condicionamento físico vai aumentar e os resultados virão naturalmente.


5 fatores sobre hipertensão arterial para você saber!

1) Afinal, o que é a hipertensão arterial?

A hipertensão arterial – ou simplesmente pressão alta – é uma patologia muito comum, que atinge milhões de pessoas. Segundo a OMS, em 2004, de 1.53 bilhões de mortes registradas, a hipertensão arterial foi a causa número 1 à frente de tabagismo, alto índice glicêmico, inatividade física e obesidade. Segundo estudo realizado em 2010, 51,7% dos casos de derrames cerebrais (AVC) são causados pela hipertensão. Logo, se você não quer ter um derrame, não seja hipertenso e, se for, trate. Além disso, a pressão arterial pode afetar os rins, sendo uma das grandes causas de insuficiência renal, e o próprio coração causando infarto do miocárdio.

 

2) O que é a pressão arterial?

É a força que o sangue, bombeado pelo coração, faz nas paredes internas dos vasos e artérias. Existe dois tipos de pressão, a sistólica e a diastólica. A pressão é mensurada quando o coração se contrai e a diastólica quando o coração relaxa. Essa medida de pressão, em condições normais, deve ser mantida a 120 (sistólica) e 80 (diastólica), daí vem o famoso “pressão 12/8” que tanto se ouve. A pressão deve ser mensurada em repouso pois fatores cotidianos podem alterar a pressão arterial de maneira natural como a prática de atividade física ou eventos estressantes. Quando a pressão de repouso atinge a marca de 14/9, a pressão é considerada alta. Neste ponto, se a pressão se mantiver alta por muito tempo, a chance de que haja consequências é muito grande.

 

3) Fatores que podem aumentar a pressão arterial:

A idade, o excesso de sal, os carboidratos e a gordura na comida, o estresse, o tabagismo e a obesidade, são fatores de risco para aumento da pressão arterial. Mas, sem sombra de dúvida, o fator que mais influencia é o sedentarismo. Um estudo feito com 4.884 mulheres saudáveis durante 18 anos, divulgado em 2006, revelou que aquelas que possuíam um nível alto de aptidão física desenvolveram 65% menos hipertensão do que aquelas que tinha um nível baixo de aptidão física. Outro estudo realizado durante 10 anos com 15.000 pessoas constatou que as que eram fisicamente ativas tinham 35% menor chance de desenvolver a hipertensão arterial do que as sedentárias.

 

4) Quais fatores fisiológicos estão associados a queda da pressão?

Alguns dos fatores fisiológicos que norteiam a queda da pressão arterial pós-treinamento físico são a diminuição do débito cardíaco (resultado da frequência cardíaca multiplicada pelo volume de sangue que o coração bombeia a cada batimento) que está associada a diminuição da frequência cardíaca e a queda da resistência vascular periférica (quando os vasos sanguíneos relaxam e facilitam a passagem do sangue) e produção de substâncias vasodilatadoras. Outros fatores relacionados a queda da pressão são a produção de substâncias vasoativas, que regulam a frequência e o volume de sangue bombeado, e a melhora na sensibilidade à insulina, além da redução da noradrenalina, substância que acelera os batimentos cardíacos. O treinamento físico também proporciona quedas agudas de pressão arterial fazendo com que pessoas hipertensas demonstrem uma queda maior da pressão arterial até 24 horas após a prática de atividade física.

 

5) Recomendação para pessoas com hipertensão!

A recomendação é de que o treinamento inicie leve e a evolução seja gradativa à medida que o corpo se adapta às alterações agudas que o exercício proporciona. A frequência deve ser à partir de três vezes por semana e a intensidade de 60% da frequência cardíaca ou 12 na Percepção Subjetiva de Esforço. Deve-se evitar exercícios uniarticulares pois estes favorecem o aumento da pressão arterial e do débito cardíaco, dando prioridade a exercícios multiarticulares e de caráter oxidativo, ou seja, de baixa intensidade.

 

Na Bliss existe equipe altamente capacitada para receber pessoas com quadro de hipertensão e auxiliá-las a controlar ou curar esta patologia. Converse com seu médico e comece o quanto antes a cuidar da sua saúde.


Emagrecer é diferente de perder peso? Reeduque sua alimentação

Olá Pessoal, como estão as coisas?

Hoje vamos conversar sobre uma dúvida muito frequente que recebo na prática clínica aqui na Vital Nutri:

“POR QUE EU NÃO CONSIGO EMAGRECER?”

Para ajudar a responder essa pergunta vou trazer elementos práticos, que ocorrem por aqui no consultório. Você é daquela pessoa que tem uma balança no banheiro, e que, diariamente tem o hábito de se pesar e calcular o peso perdido ou ganho após um final de semana, ou ainda após uma orgia gastronômica, após a festinha infantil que você acompanhou seu filhote?

Primeiramente é bom saber que o fato de não perder peso não significa que não tenha emagrecido. É preciso entender que o peso do nosso corpo corresponde à massa de diferentes tecidos: músculos, gordura, ossos, água, etc. Portanto, quando falamos em perder peso, estamos nos referindo a diminuição de qualquer um desses componentes. Já o termo ‘emagrecer’ diz respeito à perda de gordura, que é o que nós queremos já que ela está associada a diversos malefícios para a saúde.

Toda vez que buscamos o emagrecimento temos que ter premissas bem estabelecidas para que isso ocorra. Ou seja, ter um estilo de vida saudável, e bons padrões dietéticos e de treino, de modo que essa modulação, indique ao corpo que ele tem que se utilizar das nossas reservas energéticas para sustentar nossa rotina diária e no final das contas gerar um possível emagrecimento.

Quando chegamos a essa tríade do sucesso esperamos que os resultados venham de maneira rápida e visualmente atrativa. Porém, infelizmente na área da saúde 1 + 1 não é igual a 2!

Vamos visitar o mundo real?!

Digamos que você está sedentário, sem um padrão de treino definido, com altas e baixas de ingesta calórica durante a sua semana, com sono mal organizado, tarefas do trabalho tomando seu tempo e seu pensamento.

Nesse padrão, seus músculos não estão tonificados e há um desequilíbrio entre seus principais hormônios circadianos. Ao reformular sua alimentação e ter um novo padrão de treino, há de imediato esperanças de que o processo de emagrecimento ocorra, mas vale destacar que algumas situações como aumento do tônus muscular, o que acarreta em um maior acúmulo de água no tecido muscular é um fator recorrente e natural nessa introdução da atividade física.

Assim, ao subir na balança depois de alguns dias com essa nova rotina estabelecida, PIMBA, o ponteiro da dita cuja não se alterou!

Você pode até ter emagrecido, mas não perdeu peso, ou seja, perdeu gordura e ganhou tônus muscular. Isso significa que sua composição corporal está mudando, o que é muito bom!

Os músculos são tecidos metabolicamente ativos, ou seja, eles demandam energia a todo o momento, até mesmo quando estamos dormindo. São eles que mais gastam calorias no nosso corpo, afinal não é à toa que são considerados nossos “queimadores de gordura”. Sendo assim, não queremos perder massa muscular, mas sim ganhar ou manter. Pois quanto mais músculos temos, maior a facilidade de perder gordura.

Aqui vale a pena fazer um destaque muito importante:

QUEM REDUZ O PESO SEM FAZER EXERCÍCIOS ACABA PERDENDO MASSA MUSCULAR E MANTENDO TECIDO ADIPOSO!

A massa muscular apresenta maior densidade que a gordura. Por isso ocupa menos espaço no corpo. Com isso, muitas vezes a pessoa pode reduzir sua massa de gordura e mesmo assim não notar grandes reduções na balança.

 

Vamos para outra situação?!

Se você já tem uma atividade física bem estipulada em sua rotina e começa fazer uma restrição alimentar severa, sem acompanhamento de um profissional, você terá uma forte tendência de perder peso e sem emagrecer!

OOpssss…. agora deu um nó na cabeça né?

Pois é, viu como 1 + 1 não é dois! O que acontece é que seu corpo irá atrás da massa muscular como fonte de energia, deixando de dar prioridade total para seus compartimentos de gordura, que é o que realmente você quer eliminar!

Quando esse fato ocorre, é o pior dos mundos. Pois como já dito anteriormente ao perder massa muscular, pode perder seu poder de queimar gordura, deixando seu metabolismo lento, preguiçoso e bloqueado! Nesse momento somente um bom profissional irá conseguir lhe auxiliar!

Fuja de dietas restritivas! Esse é o recado! Dá pra emagrecer comendo coisas gostosas e sem passar fome!

Sempre digo fome não é indicador de emagrecimento! Emagrecer passando fome é coisa de preguiçoso! rs

 

Já vi alguns profissionais indicando aos seus pacientes que se pesem diariamente. Eu indico uma postura contrária, digo aos meus pacientes que esqueçam esse indicador de peso como parâmetro para medir a eficiência do alcance do seu objetivo, e que consigam enxergar outros parâmetros, como por exemplo:

– as roupas estão mais folgadas?

– o cinto tá mais frouxo?

– as pessoas estão elogiando sua nova silhueta?

Se para uma das perguntas acima a sua resposta foi sim, saiba então que você está tomando decisões certas.

Balança não um bom amigo para se medir eficiência do processo de emagrecimento! O Profissional nutricionista tem algumas ferramentas para lhe auxiliar, como o uso de adipômetros, bioimpedância e paquímetros, que nos fornecem bons indicadores para saber se tudo está indo para o caminho certo.

Por hoje é isso pessoal!

Então, nunca se esqueça que Mens sana in corpore sano (“uma mente sã num corpo são”).

Esqueça as dietas, se reeduque e procure um bom padrão alimentar pra você!

REEDUQUE SUA MENTE PARA REEDUCAR SUA ALIMENTAÇÃO! Limpe seus pensamentos, o resto vem!

Rodrigo Amaral


Os joelhos podem mudar a sua idade. Como ter joelhos saudáveis?

“Se meus joelhos não doessem mais…” como diz a letra da música do grupo O Rappa, quase que em prece, muitos de nós já experimentou em algum momento da vida de forma pontual ou constante em nossas vidas um desconforto, uma dor ou até mesmo uma incapacidade relacionada à esta articulação tão importante do nosso corpo.

Várias são as causas dessas dores, mas os principais fatores são o enfraquecimento e encurtamento dos músculos que envolvem esta articulação, gerando um desequilíbrio e uma ineficiência na sua função, aumentando, assim, o risco de lesões. Algumas destas lesões são causadas por um trauma, mas a grande maioria das lesões, mesmo aquelas que ocorreram numa pelada de futebol, em uma partidinha de tênis ou num descuido ao descer uma escada, normalmente, só ocorrem em um nível mais grave por conta desse desequilíbrio.

 

Conheça as principais doenças do joelho:

Condropatia

A condropatia patelar é um problema que atinge mais às mulheres, isso ocorre em função do corpo feminino ter o quadril mais largo o que acentua o ângulo dos joelhos desalinhando a patela, aquele osso redondo do joelho. Isso faz com que ocorra um atrito entre a patela e o fêmur, desgastando a cartilagem de ambos.

Alguns tipos de esportes e atividades físicas, como: corridas, saltos ou repetição de movimentos, como a dança, aumentam a sobrecarga nas articulações do joelho.

Principais causas:

  • a fraqueza dos músculos que estabilizam os joelhos
  • treino de força feito de forma errada
  • falta de alongamento
  • sobrepeso ou obesidade
  • hiperpressão patelar
  • artrose
  • uso constante de saltos

Sintomas:

  • dor frequente na parte da frente do joelho
  • dor ao subir e descer escadas,
  • dor ao ajoelhar,
  • dor ao agachar,
  • dor quando realiza saltos,
  • dor ao sentar com o joelho dobrado
  • dor quando permanece sentado por longos períodos de tempo

 

Artrose

A artrose de joelhos é uma das patologias mais comuns nesta articulação. Ocorre como um o resultado de um processo degenerativo por desgaste da cartilagem do joelho, levando a uma atrito direto entre o osso do fêmur e a tíbia. Este atrito causa dor e dependendo do nível da artrose causa limitação de movimentos e dor. Em casos mais graves é necessária fazer uma artroplastia de joelho, ou seja uma cirurgia de substituição da articulação “original” por uma prótese feita com a liga de Cromo-cobalto. Para pacientes alérgicos, há ainda a possibilidade de ligas alternativas como a liga de zircônio-nióbio ou titânio-nióbio.

Principais causas:

  • Sobrepeso ou obesidade
  • Músculos da coxa fracos ou atrofiados
  • Desgaste natural da articulação devido à idade
  • Traumatismo direto, como cair de joelhos
  • Doença inflamatória associada ao uso indevido da articulação
  • Excesso de uso da articulação, mais comum em atletas ou praticantes de atividades físicas de alta intensidade
  • Treinamento inadequado

Sintomas:

  • Estalos ou crepitações da articulação em movimento
  • Dor no joelho após esforços com melhora em o repouso
  • Rigidez após longos períodos de repouso, como ao levantar pela manhã
  • Inchaço e calor: normalmente na fase inflamatória
  • Sensação de aumento de tamanho do joelho: devido ao crescimento dos ossos ao redor do joelho
  • Movimentos mais restritos: especialmente esticar o joelho completamente
  • Dificuldade em apoiar o pé no chão

 

Lesão do ligamento cruzado-anterior

É a ruptura ou estiramento, do ligamento cruzado anterior. Esta é uma das lesões mais comuns no joelho. Pessoas que praticam esportes de alta demanda física, como o futebol, o tênis e o basquete, têm maior probabilidade de lesionar os ligamentos cruzados anteriores.

Existem 3 níveis neste tipo de lesão e dependendo do nível da lesão e o no nível de aptidão física do lesionado o tratamento mais adequado é cirurgia.

  • Distensões de grau 1.
    • 0 dano no ligamento é leve
    • Ainda consegue manter a articulação do joelho estável.
  • Distensões de grau 2.
    • O estiramento do ligamento chega ao ponto de se soltar.
    • Ruptura parcial do ligamento.
  • Distensões de grau 3.
    • Ruptura total do ligamento.
    • A articulação do joelho fica instável.

Principais causas:

  • Mudança rápida de direção
  • Parar de uma vez
  • Reduzir a velocidade durante uma corrida
  • Apoiar os pés incorretamente depois de um salto
  • Apoiar os pés incorretamente descendo uma escada
  • Contato direto ou colisão

Sintomas:

  • Quando da lesão é possível ouvir um estalo e sentir o joelho mover
  • Dor e inchaço. No período de até 24 horas após a lesão, ocorre o inchaço na região. Sem tratamento, a dor e o inchaço passam sozinhos
  • Amplitude de movimento reduzida
  • Desconforto ao caminhar

 

Lesão dos meniscos

Os meniscos são estruturas semicirculares de fibrocartilagem, que estão fixadas na base da tíbia, osso da perna, e funcionam essencialmente como amortecedores de impacto, ajudando na lubrificação e estabilização dos joelhos. Atuam, também, distribuindo as cargas que passam dentro da articulação.

Cada joelho possui dois meniscos: um medial e um lateral . O menisco medial possuindo pouca mobilidade e sendo mais sujeito a lesões e rupturas, ocorrendo principalmente nas entorses de joelho. O menisco lateral é essencial para a otimização do encaixe entre a tíbia e o fêmur, diminuindo o atrito e o desgaste destes ossos.

Principais causas:

  • Lesões traumáticas: ocorrem em movimentos rotacionais bruscos do joelho (entorses), comum em pessoas ativas, durante a prática de atividades esportivas e dança, ou em pessoas sedentárias com instabilidade nos joelhos.
  • Lesões degenerativas: comuns em pessoas acima de 40 anos e estão associadas à degeneração progressivo que os meniscos e demais estruturas do joelho sofrem com o passar do tempo. Também se relacionam à fraqueza das estruturas musculares que dão estabilidade aos joelhos, devido ao sedentarismos ou desequilíbrios causados por treinamentos errados.
  • Excesso de peso e repetição de movimentos

Sintomas:

  • Rigidez da articulação fica rígida e com maior resistência à flexão
  • Episódios onde o joelho “trava” e a pessoa não consegue esticar as pernas
  • Estalos ao mover a articulação
  • Dores e inchaços

 

Para prevenção ou recuperação desses problemas nos joelhos é fundamental um treinamento físico correto, que respeite os limites e fases da patologia. A recuperação passa por uma visão sistêmica do corpo e do movimento, realizando um trabalho que envolve a melhoria da eficiência não apenas da articulação dos joelhos, mas também dos quadris, tornozelos e pés.

Apesar de se falar pouco sobre esta abordagem, treinar descalço é muito importante para este processo, pois é nos pés que se encontram inúmeros receptores que dão mensagens fundamentais para o sistema nervoso central buscar o equilíbrio e bom funcionamento do corpo.

Mas, isso é assunto para outro dia. Bom final de semana!


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