Autor: Equipe Bliss

EXERCÍCIO FÍSICO E O SISTEMA IMUNE

Olá queridos, continuando a nossa série de textos que tratam dos benefícios da prática regular de exercício físico no combate a COVID-19, hoje falaremos um pouco de como essa ferramenta pode ser utilizada para melhorar o nosso sistema imunológico, que é peça fundamental no combate a todos os tipos de doenças infecciosas. Vamos entender primeiro como o sistema imune funciona?

O sistema imune é um sistema homeostático essencial, que reconhece, ataca e destrói agentes estranhos presentes no corpo. Essa atuação sem dúvida é importante, pois o corpo é constantemente atacado por agentes estranhos (p. ex., bactérias, vírus e fungos) causadores de infecção. Ao proteger o corpo contra infecções, o sistema imune exerce papel fundamental na manutenção da homeostasia corporal. Como o exercício, entre outros estresses (p. ex., estresse emocional, insônia, etc.), comprovadamente influencia o sistema imune, é importante compreender a relação existente entre o exercício físico e o sistema imune.

O sistema imune humano é um sistema complexo redundante, destinado a nos proteger contra os patógenos invasores. Um sistema imune saudável requer o trabalho em conjunto de duas camadas de imunoproteção: o sistema imune inato e o sistema imune adquirido.

O sistema imune inato constitui a primeira linha de defesa contra os invasores estranhos e é composto por três componentes principais: (1) barreiras físicas, como a pele e as membranas mucosas que revestem nossos tratos respiratórias, digestivo e geniturinário; (2) células especializadas (p. ex. fagócitos, e células natural killer) projetadas para destruir invasores; e (3) um grupo de proteínas denominadas sistema completo, encontrado em todo o corpo e que confere proteção contra os invasores.

O sistema imune adquirido adapta-se para conferir proteção contra quase todo tipo de patógeno invasor. O propósito primário do sistema imune adquirido é conferir proteção contra vírus que o sistema imune inato é incapaz de proporcionar. As células B e T são as principais células envolvidas no sistema imune adquirido. As células B produzem anticorpos, enquanto as células T são especializadas no reconhecimento e na remoção dos antígenos do corpo.

Em comparação à maioria das áreas de pesquisa sobre fisiologia do exercício, a área de exercício e sistema imune é um tópico de estudo relativamente novo. Entretanto, o interesse pelo campo da imunologia do exercício tem crescido rapidamente ao longo das últimas década, e sem dúvidas, deve dar um boom com esse período de pandemia.

O conceito de que o exercício físico pode produzir efeitos tanto positivos quanto negativos sobre o risco de infecção existe há um pouco mais de duas décadas. Essa ideia foi introduzida pelo dr. David Nieman, ao descrever o risco de Infecção do Trato Respiratório Superior (ITRS) como uma curva em forma de “J” que mudava em função da intensidade e da quantidade de exercício realizado.

Observe que, na figura acima, as pessoas engajadas na prática regular de exercício moderado apresentam menor risco de ITRS, em comparação aos indivíduos sedentários e às pessoas envolvidas em prática de sessões de exercícios intenso e/ou prolongados. Então Igor, eu que costumo praticar exercícios mais vigorosos devo me preocupar? Relaxa, porquê nós vamos mergulhar um pouco melhor nesse assunto.

O exercício aeróbico moderado protege contra a infecção.  Muitos estudos sustentem o conceito de que as pessoas engajadas em séries regulares de exercício aeróbico moderado ficam menos resfriadas do que indivíduos sedentários e as pessoas engajadas na prática de exercícios de alta intensidade/longa duração. Por exemplo, estudos epidemiológicos e randomizados relatam de modo consistente que o exercício regular resulta em uma redução de18 a 67% do risco de ITRS (Glesson, 2007). De uma forma geral, parece que 20 a 40 minutos de exercício de intensidade moderada (40 a 60% do VO²máx) são adequados à promoção de um efeito benéfico sobre o sistema imune.

A explicação do motivo pelo qual o exercício de intensidade moderada confere proteção contra ITRS continua sendo um tópico de discussão, ainda mais agora. Não obstante, existem vários possíveis motivos para explicar por que o exercício diminui o risco de infecção. Primeiramente, cada série de exercício aeróbico moderado causa aumento das concentrações sanguíneas de células natural killer, neutrófilos e anticorpos. Dessa forma, séries regulares de exercícios proporciona um reforço positivo tanto para o sistema imune inato (células natural killer e neutrófilos) quanto ao sistema imune adquirido (anticorpos). Outros fatores possivelmente também contribuem para o impacto positivo da prática rotineira de exercícios sobre o risco diminuído de infecção. Por exemplo, as pessoas engajadas na prática de exercício regular também podem ser beneficiadas por uma sensação psicológica de bom estar intensificada (menos estresse emocional), bom estado nutricional e estilo de vida adequado (p. ex. sono adequado). Cada um desses fatores está associado ao risco diminuído de infecção e, portanto, também podem representar uma conexão entre o exercício regular e o menor risco de ITRS.

Mas Igor, você falou sobre o treino aeróbico, mas e o treino de resistência? Ainda não foi esclarecido se o treino de resistência confere o mesmo nível de proteção contra infecções. Isso ocorre porque poucos estudos investigaram sistematicamente o impacto do exercício de resistência sobre a função imunológica. No entanto, com base nas evidências disponíveis, parece que uma série intensa de exercícios de resistência produz um aumento transiente no número de células natural killer (Miles et. al., 2002). Em resumo, parece possível que séries regulares de exercícios de resistência confiram proteção contra infecções, mas pesquisas adicionais se fazem necessárias para estabelecer firmemente que o exercício de resistência isolado é eficaz em termos de proteção contra infecções.

O exercício aeróbio de alta intensidade/longa duração aumenta o risco de infecção. Mas calma aí você que gosta de treinar intenso, leia até o final. A ideia de que os atletas (eu falei ATLETASengajados em treinos intensos são mais suscetíveis às infecções é oriunda de relatos pouco confiáveis de técnicos e atletas. Exemplificando, o maratonista Alberto Salazar relatou que teve 12 resfriados nos 12 meses em que treinou para a maratona olímpica em 1984. Como Salazar estava engajado em um treinamento físico intenso, muitas pessoas concluíram que o alto nível de treinamento foi o responsável por esse número aumentado de resfriados. Entretanto, relatos pouco confiáveis não provam causa nem efeito, e por isso houve a necessidade de realizar estudos científicos para determinar se o treinamento físico intenso resultou em aumento do risco de infecção.

Em geral, muitos estudos (Gleeson, 2007; Nieman, 2007) sustentam o conceito de que os atletas engajados em treinamento de resistência intensivos apresentam maior incidência de ITRS, em comparação aos indivíduos sedentários ou àqueles que se engajam na prática regular de exercícios moderados. Na verdade, o risco de desenvolvimento de ITRS é duas a seis vezes maior em ATLETAS no período subsequente a uma maratona, em comparação ao observado na população em geral.

Existem diversos motivos pelos quais o exercício de alta intensidade e longa duração promove aumento do risco de infecção. Primeiro, o exercício prolongado (maior que 90 minutos) e intenso produz um efeito depressivo temporário sobre o sistema imune. Após uma maratona, por exemplo, a função imunológica sofre as seguintes alterações significativas:

– Concentração sanguíneas diminuídas de células B, células T e células natural killer;

– Diminuição da atividade das células natural killer e da função das células T;

– Diminuição da fagocitose nasal realizada por neutrófilos;

– Diminuição dos níveis nasais e salivares de IgA (imunoglobinas salivares);

– Aumento das citocinas pró e anti-inflamatórias.

            De forma coletiva, essas alterações resultam na depressão da capacidade do sistema imune de defender o corpo contra patógenos invasores. Argumenta-se que essa imunossupressão subsequente a uma maratona cria uma “janela aberta”, durante a qual os vírus e bactérias podem conseguir um ponto de apoio, e que aumenta o risco de infecção.

O motivo biológico que explica porque o exercício com alto volume/ intenso promove imunodisfunção provavelmente está relacionado com os efeitos imunossupressores dos hormônios do estresse, entre os quais se destaca o cortisol. O exercício extenuante resulta em aumentos significativos dos níveis circulantes de cortisol. Foi relatado que níveis altos de cortisol deprimem a função do sistema imune de vários modos (Gleeson, 2006). Exemplificando, níveis de cortisol elevados podem inibir a função de citocinas especificas, suprimir a função das células natural killer e deprimir tanto a produção como a função das células T (Nieman, 1997).

Embora o exercício extenuante possa inibir a função imunológica, existem outros fatores que também contribuem para o risco aumentado de infecção entre os atletas engajados em treinamentos intensivos. Esses atletas, por exemplo, também podem se expor a outros agentes potencialmente estressores, como falta de sono (opá Igor! Esse problema eu também tenho), estresse mental (quem aí está com a carga de trabalho maior nesse período de quarentena levanta a mão!), exposição aumentada a patógenos em consequência de grandes aglomerações de pessoas (evite aglomerações!!) e dieta inadequada à sustentação da saúde imunológica (quem aí não chutou o pau da barraca nesse período de quarentena?). Cada um desses fatores foi relatado como exercendo um impacto negativo sobre a função imune e, portanto, capaz de contribuir para incidência aumentada de infecção virais.

Por fim, um treinamento físico de alta intensidade e duração de algumas semanas resulta em um estado CRÔNICO de imunossupressão? A resposta é NÃO, uma vez que após uma série intensa de exercícios, o número e a função dos leucócitos retornam aos níveis pré-exercício em cerca de 3 a 24 horas, dependendo da intensidade do treino.

Mas Igor, você deu exemplos de atletas e eu não sou atleta. ÓTIMO! Então deixe de paranoia e siga o seu programa de treino normalmente. A maioria dos estudos que tratam sobre exercício físico e imunidade foram feitos com atletas, que possuem cargas de treinamento fora da realidade de um ser humano comum. Portanto, se você já era um indivíduo treinado, continue com a mesma intensidade do seu programa de treino. Caso você seja sedentário e queira ingressar num programa de exercício físico, o início do programa deve ser adaptado a sua condição física atual. Um bom profissional de Educação Física não irá te expor a treinos intensos no início de um planejamento. E como eu sei se um programa de treino é leve, moderado ou intenso? Aí você precisará da ajuda de uma equipe experiente e qualificada. Deixa a Bliss te ajudar a cuidar da sua saúde?

A IMPORTÂNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO EM MEIO A PANDEMIA DA COVID-19

Durante quase toda a história como seres humanos, nossa preocupação recaiu sobre as doenças infecciosas (p. ex., tuberculose e pneumonia) como as principais causadoras de morte no mundo. Com o avanço da ciência e a descoberta de antídotos específicos (p. ex., antibiótico e vacina) para cada uma delas, juntamente com o avanço da tecnologia, nos últimos 100 anos, o foco passou a ser direcionado para as doenças crônicas degenerativas, entre as quais, se destacam o câncer e as doenças cardiovasculares. Em um relatório produzido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2017, as quatro principais causas de morte no mundo foram as doenças cardiovasculares (31,8%), câncer (17,08%), doenças respiratórias (7%) e Infecções de vias aéreas inferiores (4,57%).
Eis que chegamos em um ponto da nossa história em que as duas principais causas de morte da história da humanidade (doença infecciosa x doenças crônicas degenerativas) se misturam. Uma doença infecciosa (vírus), ainda sem antídoto (vacina), que eleva o seu potencial de risco quando encontra um corpo idoso e com essas comorbidades. O resultado da pandemia é toda essa loucura que estamos vivendo nos últimos meses, com quase 6 milhões de pessoas infectadas e, aproximadamente, 350 mil mortes no mundo, até o momento em que escrevo esse artigo (27/05/2020).
Mas e agora Igor? O que fazer? Já está cientificamente comprovado e não se discute mais que a prática regular de exercício físico resulta em inúmeros benefícios à saúde. Além de promover melhora na capacidade de resistência física de uma forma geral (força e resistência muscular, aptidão cardiorrespiratória e flexibilidade), o exercício físico promove outros benefícios que são de suma importância nesse período que estamos vivendo, tais como: melhora do sistema imune, da composição corporal, do controle da diabetes e outras doenças cardiovasculares, incluindo a hipertensão.

Tendo isso em vista, até o momento, a forma mais segura de você passar por essa pandemia de uma forma segura é não se infectar com o vírus e estar com o seu corpo fortalecido e preparado caso a 1° opção não dê certo (sim, temos que pensar nessa possibilidade). O objetivo desta sequência de textos é explicar o potencial de ajuda que a prática regular de exercício físico pode exercer no combate a COVID-19. Mas primeiro, no texto de hoje, precisamos entender como esta doença atua no nosso corpo.
Covid-19 é mais que pneumonia; é uma endotelite
Por ser uma doença infecciosa nunca vista antes, os estudos sobre a COVID-19 ainda são muito incipientes. Por isso, é essencial entendermos que ainda estamos em fase de aprendizagem sobre esse novo vírus e que a todo momento são feitas publicações científicas com novas informações, que mudam tudo que se sabia até o momento. O que se sabe até o agora, é que a COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, o qual apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves.

Uma equipe interdisciplinar do Hospital Universitário de Zurique (HUZ), na Suíça, descobriu que mais do que uma doença respiratória, a Covid-19 pode ser caracterizada como uma endotelite, uma doença do endotélio (camada celular que reveste interiormente os vasos sanguíneos e linfáticos). Os pesquisadores publicaram em abril, um estudo na revista médica Lancet demonstrando que o novo coronavírus SARS-CoV-2 atinge diretamente o sistema de defesa do corpo através dos receptores da Enzima Conversora de Angiotensina 2 (ECA2) encontrados no tecido endotelial. Por isso, a Covid-19 se manifesta sobretudo nos pulmões, órgãos hiper-vascularizados que servem de porta de entrada para o vírus, mas pode atacar qualquer outro órgão: coração, rins, intestinos, cérebro e pele. Portanto, o pulmão é o principal “campo de batalha”, mas não o único.

De forma bem resumida, a enzima conversora de angiotensina (ECA) é responsável pela regulação da pressão arterial dentro do Sistema Renina-Angiotensina. Enquanto a última faz vasoconstrição e consequente aumento da pressão arterial, a ECA2 promove a vasodilatação e diminui a mesma. Dessa forma é feita a regulação do Sistema Renina-Angiotensina, que é responsável, especialmente, pelo controle do volume de líquido extracelular e da pressão arterial.

Já está amplamente divulgado que as pessoas com doenças crônicas têm mais chances de serem infectadas pela Covid-19. Isso pode ser explicado pelo fato de o gene ACE2 geralmente ser mais expresso em pacientes com doenças crônicas como hipertensão, diabetes e outras doenças cardiovasculares, o que as torna mais suscetíveis a infecção pelo novo coronavírus. Além disso, o uso de medicamentos inibidores da ECA e dos bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRA), comumente usados por pacientes com diabetes e hipertensão, pode resultar em um aumento ainda maior da expressão de ACE2 devido a um mecanismo compensatório.

Por meio das autópsias, os patologistas do HUZ confirmaram que os pacientes não sofriam apenas de uma inflamação dos pulmões, mas de uma inflamação de todo o tecido endotelial em diversos órgãos. No estudo, a patologista Zsuzsanna Varga usou um microscópio eletrônico para verificar pela primeira vez que o novo coronavírus está presente e causa necrose celular do tecido endotelial. “Vimos o novo coronavírus na célula e as consequências imediatas do dano endotelial, causando hipercoagulabilidade e trombose,” destaca Holger Moch, patologista do HUZ.

Na prática, o endotélio é a camada celular que atua como um escudo protetor dos vasos sanguíneos e regula e equilibra vários processos nos microvasos. A interrupção desse processo regulatório pode, por exemplo, causar distúrbios circulatórios nos órgãos e tecidos do corpo humano, resultando na morte de células, tecidos e órgãos. As consequências podem ser graves distúrbios microcirculatórios que danificam o coração, desencadeiam embolias pulmonares, oclusões vasculares no cérebro e no trato intestinal e, inclusive, falência múltipla de órgãos e morte.

Foge do escopo desse artigo falar de todas as estratégias para o combate a COVID-19, mas sabemos que a mesma precisa ser abrangente e multidisciplinar, um verdadeiro trabalho em equipe. Da nossa parte, enquanto profissionais de Educação Física, devemos deixar as pessoas cientes dos benefícios do exercício físico. “Sabemos claramente que o exercício físico melhora a função do endotélio. Se você vive uma vida saudável, seu endotélio será saudável enquanto você envelhece. Este é o começo das estratégias para a terapia” indica Frank Ruschitzka, diretor de departamento de cardiologia do HUZ.

Mas como isso acontece, Igor? A partir dos próximos textos, nós faremos uma correlação de como o exercício físico ajuda na melhora do sistema imune, no controle da diabetes, da composição corporal (massa gorda x massa magra), da hipertensão, entre outras doenças cardiovasculares. Ou seja, todas estas comorbidades que elevam o potencial de risco da COVID-19. Fiquem ligados e boa leitura!

Importância do personal trainer para aulas em família.

No blog de hoje da Bliss abrimos espaço para um texto do Dr. em Ciências da Saúde Douglas Popp Marin. Muito interessante todos os aspectos abordados por ele, ainda mais em tempos de pandemia. Vale a leitura!

O que pode ser feito para você não descuidar da sua alimentação?

Além de estarmos mais atentos com os perigos que podem vir de fora, precisamos também dar uma atenção especial para nós mesmos neste momento. Em outras palavras, o cuidado com a saúde física e mental deve ser a nossa maior prioridade.
Nossas atividades físicas diárias foram reduzidas drasticamente por conta da quarentena, o que é algo preocupante pois isso pode refletir diretamente na forma como nós nos alimentamos.
Neste cenário, os cuidados com a alimentação devem ser redobrados, vale lembrar que as práticas de bons hábitos alimentares são fundamentais para garantir um fortalecimento do nosso sistema imunológico. Dessa forma, seu corpo estará preparado para atuar na prevenção de qualquer doença.
Para ajudar a equilibrar a alimentação e evitar exageros durante os dias de isolamento domiciliar, você pode seguir algumas dicas para ter uma rotina mais saudável nesses dias em casa!
Confira o que pode ser feito para você não descuidar da sua alimentação:

• Priorize o consumo de frutas, verduras, legumes, cereais integrais, leguminosas, carnes, ovos e lácteos (caso consuma produtos de origem animal);
• Faça uma lista de compras antes de ir ao supermercado;
• Estabeleça um cardápio para esse período;
• Determine o horário das refeições;
• Evite ter guloseimas à disposição;
• Fique atento aos sinais de fome e saciedade;
• Sirva os alimentos em porções; evite comer diretamente nas embalagens ou recipientes grandes;
• Sente-se a mesa para realizar as refeições;
• Aproveite o tempo extra para cozinhar; teste receitas saudáveis;
• Tenha a disposição alimentos saudáveis para possíveis lanches como, frutas, iogurtes, biscoitos integrais e oleaginosas etc.
• Compre frutas, verduras e legumes variados. Varie os tipos e compre produtos em diferentes pontos de maturação. Compre produtos mais maduros e que estragam mais rápido para consumo imediato e compre produtos verdes e que duram mais tempo para consumir durante o restante da semana.
• Exemplo de produtos que duram mais tempo: Frutas: maçã, laranja, limão; melão, abacaxi. Verduras e legumes: batata, batata doce, mandioca, cenoura, beterraba, repolho, chuchu, cebola, alho, pimentão, rabanete, abobora, vagem, tomate.
• Dicas: para as folhas durarem mais tempo higienize, seque e armazene em potes com tampa e coloque uma folha de papel toalha no fundo do pote e sobre as folhas.

Quarentena, sim! Sedentarismo, não!

Quarentena, sim! Sedentarismo, não!

Neste período de afastamento social, uma das consequências de maior repercussão é o aumento dos riscos de saúde para a população em geral. Pode ser paradoxal esta afirmação, afinal estamos em quarentena para cuidar da nossa saúde, “evitando” o risco de contaminação pelo Covid-19, certo?
Não, exatamente!
Já existem vários fatos e indícios que mostram que este período de isolamento social tem levado à uma série de repercussões na saúde das pessoas. É o que chamam de segunda onda, são os efeitos colaterais da quarentena. Um desses efeitos são os de fundo psicológico, como: ansiedade e depressão.
Outro fator de risco associado diretamente à saúde física é o sedentarismo. O sedentarismo causa o enfraquecimento do sistema imunológico, aumentando o risco para o desenvolvimento dos sintomas mais graves do Covid-19.
A prática regular e adequada da atividade física está diretamente relacionada com o bom funcionamento do organismo como um todo e do sistema imunológico em particular.
Um outro fator são as comorbidades relacionadas ao sedentarismo, doenças que enfraquecem o organismo, deixando-o mais suscetível às doenças, infecções e ao aumento do risco de morte.
A saúde dos idosos, também, é afetada de forma dramática com a interrupção da atividade física regular. Vários estudos indicam que idosos com baixos níveis de força possuem um risco de morrer de aproximadamente 50% maior, quando comparado aos mais ativos e fortes. Em outro estudo, chegou-se ao impressionante dado, em que mais de 30% de idosos frágeis faleceram 6 meses após a interrupção de um programa de exercícios.
A atividade física está associada com o tratamento e prevenção de doenças não apenas, de doenças fisiológicas, como também com as de natureza psicológica.
A prática regular de exercícios físicos, podem:
• Reduzir o risco de morte em 33% de doenças cardiovasculares;
• Redução do risco de formação de placas de ateromas em 44%, reduzindo o risco em 40% em comparação com sedentários;
• Redução em até 50% no risco de morrer de câncer em pessoas que fisicamente ativas quando comparadas às inativas.
• Reduzir em 78% o risco de desenvolver Diabetes Tipo 2. Além, de ser extremamente eficaz no controle da glicemia de pessoas com alterações dos níveis de “açúcar” no sangue;
O Brasil é o país com os maiores níveis de ansiedade do Mundo. Pessoas sedentárias tem o risco de desenvolver depressão aumenta de 20 a 30%, quando comparadas com pessoas ativas fisicamente.
A atividade física regular é fator fundamental de saúde no seu espectro mais amplo. Tão, importante quanto praticar uma atividade física regular é praticar esta atividade de forma segura e eficaz. Principalmente, com o passar dos anos, nós vamos acumulando algumas disfunções, restrições e patologias. Quando bem orientado, o exercício físico é mais que remédio, pois mais do que “curar” ele pode te levar a um outro nível de saúde e bem-estar.
Entender a saúde como um equilíbrio entre: mente, corpo, relacionamentos e espírito é ainda mais importante neste momento.
Cuide-se! E se quiser, pode contar com a gente!

Como lidar com a ansiedade na quarentena?

Além de estarmos enfrentando a pandemia causada pelo novo corona vírus o Brasil também sofre uma epidemia de ansiedade. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o país tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno.
Esses números se tornam ainda mais preocupantes se pararmos para analisar o nosso cenário atual, pois estamos vivendo algo inédito na humanidade e que pode agravar ainda mais esse quadro.
O avanço da tecnologia faz com que as informações se propaguem numa velocidade muito rápida, fazendo com que as pessoas vivenciem tudo em tempo real.
Para conter a ansiedade, precisamos administrar essas notícias. O ideal é que você dedique um momento do seu dia para se informar sobre a situação atual, por meio de veículos de comunicação que sejam reconhecidos e que tenham fontes seguras de informação (o que menos precisamos neste momento são fake news), e tente se “desconectar” no restante do tempo.
É necessário dividir o seu tempo, mesmo dentro de casa, como se estivéssemos vivendo uma vida normal, com tempo para o trabalho, para o descanso e para o lazer. Muito importante também é você separar um tempo para você mesmo, refletir e se permitir por alguns instantes ser a sua melhor companhia.
Além disso, é necessário manter-se focado presente, não deixando que coisas relacionadas ao passado e até mesmo o futuro te distraiam. No dia a dia, pratique atividades que deem prazer: Veja a lista de atividade que você pode (e deve) fazer:
– Manter uma rotina de Exercícios Físicos
– Fazer ligações para amigos
– Descobrir um novo talento
– Ler um livro
– Descobrir novas receitas (que sejam saudáveis de preferência)
Não devemos cair, em hipótese alguma, nas armadilhas que a quarentena nos preparou. Ela pode nos induzir a passarmos muito tempo sentados ou deitados, estimular a procrastinação de tarefas do nosso dia a dia e assim entrarmos em um “espiral”de situações que podem desencadear uma série de enfermidades da mente. Por isso tente sempre encontrar novos meios para movimentar-se e principalmente ocupar a sua cabeça nesses tempos de isolamento social.
Uma boa dica para quem quer manter uma rotina de exercícios físicos é acompanhar as nossas redes sociais, pois estamos com treinos diários que podem te ajudar nesse momento de crise.
Estaremos à sua disposição!

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