Mês: novembro 2020

Gestação: Informações Importantes para você

A gestação é um período de muito especial para as mamães, não apenas fisicamente, mas, também, emocionalmente. É um período muito intenso e de muitas expectativas. 

Com mais de 2 décadas de experiência atuando com gestantes, tanto no período, pré-gestacional, gestacional, como pós-parto espero trazer informações relevantes neste texto, desmistificando alguns tabus e orientando quanto a sinais de alerta, para que você possa tomar as melhores decisões e buscar a orientação adequada com a sua ou seu obstetra. 

Neste período de gestação muitas são as mudanças que o seu organismo já está passando e continuará passando até o parto e no período pós-parto. Mudanças estas que irão alterar fisiologicamente seu organismo, sua disposição e seu estado de humor. Em função disso sentimo-nos responsáveis por tentar orientá-la quanto aos benefícios e cuidados da atividade física neste período, a fim de tranqüilizá-la e esclarecer alguns pontos importantes.  

Recomendações para exercícios na gravidez e no pós-parto:

  1. Durante a gravidez, as mulheres podem continuar a praticar exercícios e obter benefícios mesmo de exercícios brandos a moderados rotineiros. Exercício regular (pelo menos 3 vezes por semana) é preferível a atividade intermitente
  2. Deve-se evitar exercício na posição supina depois do 1º trimestre. Tal posição é associada a diminuição de débito cardíaco na maioria das gestantes. Como o débito cardíaco remanescente será preferencialmente distribuído dos leitos esplâncnicos (incluído útero) durante o exercício vigoroso, tais esquemas são evitados durante a gravidez. Períodos prolongados de falta de movimento em pé também devem ser evitados.
  3. Gestantes devem estar prevenidas da diminuição de oxigênio disponível para exercício aeróbico durante a gravidez. Devem ser encorajadas a modificar a intensidade de seu exercício de acordo com os sintomas. Gestantes devem parar de se exercitar quando cansadas e não até a exaustão. Exercícios de levantamento de peso podem, em algumas circunstâncias ser mantidos em intensidades similares àquelas anteriores à gravidez. Exercícios sem peso, como ciclismo ou natação, podem diminuir o risco de lesão e facilitar a continuação do exercício durante a gravidez.
  4. Alterações morfológicas na gravidez devem servir como contra-indicação relativa para tipos de exercício nos quais perda de equilíbrio pode ser prejudicial para o bem-estar materno ou fetal, especialmente no terceiro trimestre. Além do mais, deve-se evitar qualquer tipo de exercício que possa levar a traumatismo abdominal, mesmo brando.
  5. Gravidez requer um adicional de 300 kcal/dia para manter a homeostase metabólica adequada. Assim, mulheres que praticam exercícios durante a gravidez devem ter cuidado em assegurar uma dieta adequada.
  6. Gestantes que realizam exercícios no primeiro trimestre devem aumentar a dissipação de calor assegurando hidratação adequada, roupas apropriadas e condições ambientais ideais durante o exercício.
  7. Muitas alterações fisiológicas e morfológicas de gravidez duram até quatro a seis meses pós-parto. Assim, rotinas de exercícios pré-gravidez devem ser diminuídas gradualmente de acordo com a capacidade da mulher.

Fonte: American College of Obstetricians and Gynecologists – 1994

 

Razões para interromper o exercício e procurar aconselhamento médico durante a gravidez:

  1. Quaisquer sinais de perda de sangue pela vagina
  2. Qualquer “torrente” de líquido da vagina (ruptura de membranas)
  3. Tumefação súbita dos tornozelos, mãos, ou face
  4. Enxaqueca persistente, grave e/ou distúrbio visual; acesso inexplicável de desmaio ou tontura
  5. Tumefação, dor e vermelhidão da panturrilha de uma perna (flebite)
  6. Elevação na freqüência de pulso ou pressão sangüínea que persiste depois do exercício
  7. Fadiga excessiva, palpitações, dor torácica
  8. Contrações persistentes (> 6 a 8 horas) que podem sugerir início de trabalho de parto prematuro
  9. Dor abdominal inexplicável
  10. Ganho de peso insuficiente (< 1 kg/mês durante os últimos 2 trimestres)

Fonte: Wolf L.A. et al – 1989

 

Contra-indicações para exercícios durante a gravidez:

  1. Gravidez induziu hipertensão
  2. Ruptura da membrana pré-termo
  3. Parto a pré-termo e, gravidez anterior ou atual
  4. Incompetência cervical
  5. Sangramento persistente de segundo para o terceiro trimestre
  6. Retardo do crescimento intra-uterino

Fonte: American College of Obstetricians and Gynecologists – 1994

 

Benefícios do exercício durante a gravidez:

  1. Reduz a gravidade e freqüência de dor nas costas associada à gravidez, ajudando a manter melhor postura corporal
  2. Fornece em “levantamento” psicológico que ajuda a contrabalançar os sentimentos de tensão, ansiedade, e/ou depressão que freqüentemente ocorrem durante a gravidez.
  3. Ajuda a controlar o ganho de peso
  4. Melhora a digestão e reduz a constipação
  5. Produz maior reserva de energia para satisfazer as necessidades da vida diária
  6. Reduz “barriga pós-parto”

Fonte: American College Sports of  Medicine– 2000 

 

Existem muitos outros dados decorrentes do estado gravídico que poderiam ser incluídos, como: redução da pressão arterial, dificuldade no processo digestivo, alteração do centro de gravidade, entre outros, mas isto nos levaria a escrever um livro sobre o assunto. Na verdade, nosso intuito é poder dar à você informações importantes e devidamente comprovadas para sua maior tranqüilidade e segurança. 

Esperamos ter alcançado tal objetivo, se outras dúvidas surgirem entrem em contato pelas nossas redes sociais. 

 

Boa sorte mamãe.

CARDIOPATIAS: O QUE SÃO?

O termo cardiopatia se refere a todas as doenças que acometem o coração. Neste artigo iremos abordar diretamente dois tipos de cardiopatias que não são congênitas e que têm conexão direta com os hábitos alimentares e com o sedentarismo.

Cardiopatia hipertensiva – ocorre com pessoas que possuem hipertensão arterial e como consequência pode sobrecarregar o coração e os vasos sanguíneos causando a doença.;
Cardiopatia isquêmica – causada pelo estreitamento das artérias do coração causada pelo acúmulo de gordura nas artérias. Ocasionando o estreitamento dos vasos e por consequência a diminuição de oferta de sangue ao miocárdio. Essa cardiopatia pode causar anginas (dor no peito) e em casos mais graves pode causar o infarto.

A cardiopatia hipertensiva é uma resposta a uma hipertensão arterial descompensada. Logo, pode ser evitada se a hipertensão for controlada. A hipertensão tem diversas causas, algumas são idiopáticas. Porém, independente da causa o tratamento é bastante conhecido e envolve:
– Medição adequada;
Alimentação saudável;
– Exercícios físicos regulares
– Controle do peso corporal
– Meditação

Todas as alternativas acima são eficazes, especialmente se utilizadas em conjunto. É importante lembrar que o seu cardiologista deve estar acompanhando toda a evolução do quadro para a dosagem da medicação seja adequada. Em meus 22 anos de experiência tive vários clientes hipertensos que tiveram sua medicação reduzida significativamente ou mesmo totalmente suspensa, pois com o exercício físico regular e com o controle de peso normalmente acompanhado de um programa nutricional a pressão voltou a patamares normais sem a necessidade da medicação.

A cardiopatia isquêmica é uma doença relacionada a níveis elevados de colesterol no sangue. Alguns são os fatores que podem causar este aumento: alimentação rica em gorduras e açúcares, sedentarismo e fatores genéticos.
Assim, como a cardiopatia hipertensiva, também tem tratamento e bastante validado. Envolvendo:

– Medicação adequada;
– Alimentação saudável;
Exercícios físicos regulares;
– Controle de peso corporal

A associação destas estratégias, potencializam os resultados, reduzindo o acúmulo de gordura no sangue os possíveis depósitos nas artérias.
A adoção de hábitos mais saudáveis diminuem os riscos de saúde de várias ordens e isso não é diferente em relação às cardiopatias.
Há um certo tabu em que ter uma vida mais saudável e ter uma vida chata, uma vida sem prazer, isso não é verdade, na verdade o ideal é buscar um equilíbrio para poder desfrutar a vida. Porém, você não pode ser negligente e deixar o problema se agravar e chegar a um limite, pois nestes casos, infelizmente as restrições são necessárias e por consequência a redução da sua qualidade de vida.

Os sintomas de cardiopatia podem variar com o tipo de problema e o quanto a função cardíaca está comprometida. Alguns sinais incluem:
– Cor de pele cinzenta ou azul (cianose);
– Inchaço nas mãos, tornozelos e pés;
– Falta de ar;
– Falta de fôlego durante atividade física;
– Fadiga;
– Batimentos cardíacos irregulares;
– Tonturas, vertigens e desmaios;
– Dor no peito.

Então, se cuide! Fique atento aos sintomas para tomar as medidas necessárias de forma precoce.

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