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Categoria: Fatores Emocionais e Exercício

Não seja vítima do sedentarismo. Previna-se e elimine os fatores de risco

Você é sedentário? Se sua resposta for sim, não se engane, você é um forte candidato a ter problemas sérios de saúde, com perda de vitalidade e com um risco de mortalidade significativamente elevado.

Em 2012 a revista The Lancet publicou um estudo realizado em 122 países, que afirma que o sedentarismo tem o mesmo impacto que o tabagismo no número de mortes no mundo, ou seja 1 em cada 10 mortes.

Em um estudo publicado em 2015 no periódico “American Journal of Clinical Nutrition” concluiu que a falta de exercícios físicos aparece relacionada a duas vezes mais mortes do que a obesidade.

O sedentarismo tem sido considerado o mal do século, pois inúmeros problemas de saúde e doenças são causados ou agravados pela inatividade física, além do aumento estatisticamente significativo no risco de morte quando comparado com pessoas ativas fisicamente. Entenda melhor como isso pode interferir na sua vida.

Sedentarismo, o que é?

Por definição o sedentarismo é total falta de atividade física ou a diminuição da mesma para níveis inferiores ao acúmulo de 2200 calorias por semana ou aproximadamente 300 calorias dia. O que corresponderia aproximadamente à 75 min de atividade intensa ou 150 min de atividade moderada.

O sedentarismo afeta a qualidade e vida das pessoas por reduzir a saúde e força dos músculos e ossos, em função do desuso causando a atrofia e perda da funcionalidade destas estruturas, além de causar impactos em órgãos vitais, como rins, cérebro, coração, entre outros.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) a inatividade física está entre os quatro maiores fatores de risco de morte no mundo, sendo responsável pela morte de 5,3 milhões de pessoas todos os anos pela falta de exercícios físicos regulares.

Em 2012 a revista The Lancet publicou um estudo realizado em 122 países, que afirma que o sedentarismo tem o mesmo impacto que o tabagismo no número de mortes no mundo, ou seja 1 em cada 10 mortes.

No Brasil, conforme dados publicados pelo IBGE, 62,1% dos brasileiros acima de 15 anos não praticam qualquer tipo de atividade física ou esportes. O sedentarismo é mais comum em mulheres (66,6%) do que em homens (57,3%). Porém, daqueles que se declaram ser ativos fisicamente a grande maioria não o faz sob orientação de um profissional de educação física, o que implica em aumentar o risco de desenvolver problemas de saúde relacionados à prática inadequada de exercícios.

 

Sedentarismo e doenças relacionadas.

O corpo humano evolui ao longo de aproximadamente 200 mil anos para ser ativo, pois dependia disso para sua sobrevivência e subsistência. O advento da tecnologia, que por sinal trouxe avanços sensacionais para a humanidade, dentre elas: aumento da expectativa de vida (30 anos a mais que há um século) e a eliminação quase total de doenças infecciosas, trouxe, também, uma redução drástica do movimento humano, levando ao surgimento epidêmico de certas doenças.

O sedentarismo está diretamente ligado à várias doenças do mundo moderno, como: osteoporose, sarcopenia, problemas de coluna, doenças articulares, obesidade, mal de Alzheimer, pressão alta, diabetes, aumento do colesterol, infarto, derrames, depressão, entre tantas outras.

Veja o percentual de casos de doenças ligados ao sedentarismo:

  • Diabetes – 27%
  • Câncer de mama – 21 a 25%
  • Doenças cardíacas – 30%
  • Câncer de cólon – 21 a 25%
  • Morte por infarto – 54%
  • Morte por derrame cerebral – 50%

A obesidade é um grande fator de risco para saúde, pois está associado ao aumento da pressão arterial, dos níveis de açúcar e gordura no sangue, além do aumento de risco de problemas cardiovasculares, apneia, câncer entre outros. O sedentarismo e um dieta hipercalórica são normalmente fatores que levam à obesidade.

Podemos concluir, facilmente, baseado em dados e inúmeros estudos que o sedentarismo mata e elimina a possibilidade de uma vida plena e feliz.

 

Como deixar o sedentarismo?

A primeira coisa para sair do sedentarismo é mudar os paradigmas relacionados ao treinamento físico. Se exercitar tem a ver com amor próprio e não com seguir uma “modinha” ou um padrão estético, pois como você viu acima, é muito mais perigoso ser um magrinho sedentário, do que um gordinho ativo fisicamente. Além disso, o mais importante não é focar no treinamento em si, e sim, nos ganhos que você irá ter na sua qualidade de vida ao investir na prática regular do treinamento.

4 passos para te ajudar a sair do sedentarismo:

  1. Tempo:aceite que cuidar da sua saúde demanda tempo. Os resultados ficarão mais evidentes após 3 meses de treinamento regular;
  2. Exame médico:faça uma avaliação médica para ter segurança antes de iniciar seu treinamento;
  3. Paciência e regularidade:inicie de forma progressiva, separe 2 a 3 dias na semana, você não vai recuperar anos de sedentarismo em poucos dias;
  4. Orientação correta:procure um profissional de Educação física capacitado para fazer a orientação adequada dos melhores exercícios para você em cada etapa.

 

Benefícios do treinamento físico.

  • Melhora a disposição física para as atividades diárias;
  • Fortalece os músculos, aumentando a autonomia e segurança;
  • Exercícios liberam endorfina, substância que ajuda a regular o sono, a aliviar o estresse e a ansiedade;
  • Diminui os riscos do câncer de mama, pois os exercícios diminuem os níveis de estrogênio– hormônio intimamente ligado ao câncer de mama;
  • Combate a osteoporose, doença dos ossos, exercícios de força fortalecem a massa óssea;
  • Melhora no humor, devido ao aumento dos níveis de serotonina;
  • Fortalecimento do sistema imunológico, diminuindo o risco de resfriados e infecções;
  • Aumenta a libido e o desempenho sexual, pois melhora a autoestima e o condicionamento físico;
  • Ajuda a reduzir e controlar o peso corporal;
  • Reduz colesterol ruim LDL;
  • Previne o diabetes ou ajuda a controlar os níveis de glicose sanguínea;
  • Controla a hipertensão, pois libera substâncias que causam a dilatação e o fortalecimento dos vasos sanguíneos.

São inúmeros os benefícios que o treinamento físico pode trazer para a sua vida, porém o mais importante é que todos estes benefícios implicam e um único ponto: Viver bem! E só sabe o que é viver bem, com disposição e energia quem treina regularmente, se você nunca treinou regularmente não faz ideia da sensação agradável de estar apto fisicamente para curtir a vida.

Não perca mais tempo, não perca mais vida. Comece a se mexer agora!

Por que grande parte das pessoas não gosta de academia?

Olá, tudo bem? Se você está aqui lendo este texto é porque ou se identificou com um grande parcela da população que não gosta de academias ou no mínimo achou estranho o título, uma vez que somos regularmente bombardeados com informações sobre a importância da prática de exercícios seja para estética ou para a saúde e as academias são as empresas que oferecem este serviço.
Será?
Para começar gostaria de me apresentar brevemente, pois você pode estar se perguntando que competências eu teria para abordar este assunto! Bem, eu sou Profissional de Educação Física a quase duas décadas, tenho várias pós-graduações entre outros inúmeros cursos de qualificação, sou empresário do setor ao longo destes anos, mas principalmente atuo diariamente com pessoas que não gostam de academias, mas querem fazer uma atividade física para ter mais saúde ou recuperar parte dela perdida ao longo da vida.
Durante estas quase duas décadas conversei com milhares de pessoas, como você, que já tentaram iniciar uma atividade física em uma academia e se frustraram! Algumas tentaram mais de uma vez outras desistiram nas primeiras tentativas. Mas, uma coisa era comum em todas elas, todas queriam ser mais saudáveis, mais bonitas e/ou ter mais disposição para aproveitar a vida.
Todas estas frustrações me despertaram um interesse em tentar entender o que realmente estava por trás desse padrão e poder ajudar estas pessoas, pois se todos temos a informação da importância da atividade física para se ter uma vida saudável, porque tantas pessoas não são bem sucedidas em serem mais ativas fisicamente? Atualmente no Brasil 30% da população é fisicamente ativa e apenas 2% a 5% fazem exercícios em volume ideal, além do que somente 4% praticam suas atividades de forma orientada em empresas do setor fitness.
A onde está o buraco?
Gostaria de compartilhar com vocês alguns achados que fiz ao longo destes anos.Quais são as queixas mais comuns?
  1. O ambiente da academia: várias das pessoas com quem falei relataram que se sentiam deslocadas, ou por estarem fora dos “padrões” estéticos reinantes ou por se sentirem como um “fantasma”, a sua presença ou ausência era passada de forma totalmente imperceptível.
  2. O som da academia: muitas relataram que o tipo de música ou a altura da música era extremamente incomoda e isso era mais um fator para fazê-las se sentirem desconfortáveis em um ambiente no qual já não se sentiam acolhidas;
  3. Falta de atenção: a grande maioria se sentia insegura na prática dos exercícios por não terem uma orientação e correção regular durante a prática dos execícios e alguma das vezes chegaram ao ponto de terem orientações completamente diferentes conforme o instrutor que as abordara;
  4. Monotonia nos treinos: mais do que treinos repetitivos não entendiam o porque da seleção daqueles exercícios em específico, bem como quando trocado o programa de treino qual o critério utilizado para fazê-lo;
  5. Falta de resultados: independentemente dos objetivos e restrições apresentadas a maioria relatou que tinha a nítida sensação que os treinos propostos em nada ou quase nada se diferiam de outros praticantes com necessidades e objetivos completamente diferentes e por consequência não percebiam ganhos. Em alguns casos mais específicos em que o praticante tinha um quadro mais restritivo o problema ao invés de melhorar se agravava.


Creio que a esta altura você talvez tenha se identificado com um ou mais itens da lista acima, mas o que estaria por trás destas queixas?
  1. Faixa etária: a maioria das pessoas que não se identificam com o ambiente das academias convencionais estavam acima dos 40 anos de idade e isto faz todo sentido, pois de forma geral o modelo tradicional de academias é voltado para um público mais jovem. Isso não que dizer que não exista uma parcela de praticantes de academia acima dos 40;
  2. Tipo de serviços oferecidos: a maioria dos serviços são padronizados. Independente da academia, os serviços são praticamente os mesmos e não atendem de forma individualizada as necessidades do praticante, principalmente aqueles com um quadro mais delicado e que normalmente já tem “medo” de se machucar ou piorar treinando;
  3. Atendimento: este grupo de pessoas que não se adéqua ao modelo tradicional de academias, normalmente deseja mais atenção, não por carência, mas por segurança. Elas querem ser atendidas, pois entendem que estão pagando pelo serviço e não pela locação de espaço e equipamentos;
  4. Tempo e resultado: este público entende que o seu tempo é muito valioso, sendo assim o tempo investido na prática da atividade física para sua saúde tem que valer a pena e gerar resultados, se não for assim preferem investir seu tempo em algo mais prazeroso e que tenha resultados claramente perceptíveis.
Todos estes fatores vem criando uma forte pressão no setor que tem sido obrigado a repensar suas propostas de serviço e entrega. Nos últimos oito a dez anos, aproximadamente, começaram a surgir novos “tipos” de empresas no setor, como: clubes de corrida, studios de personal, studios de pilates, studios de treinamento funcional, studios de atividades circenses, entre tantas outras opções. Ou seja, o mercado está se diversificando e oferecendo novas opções aos praticantes o que é uma ótima notícia, pois hoje vivemos uma grande guerra contra o obesidade e o sedentarismo, que mata 300 mil brasileiros por ano. Apenas estas duas patologias geram um custo enorme para o sistema de saúde do Brasil, para o sistema produtivo, mas principalmente para o bem-estar e bem-viver das pessoas, que estão deixando de viver melhor por perderem qualidade de vida em função dos baixos níveis de saúde relacionados ao sedentarismo.
Então! Vamos começar a se mexer e mudar de vez a sua relação com o exercício e a sua saúde? Você tem hoje muito mais opções para se cuidar além da academia! Escolha uma que se adeque mais ao seu perfil, às suas necessidades e na qual você sinta prazer e motivado, mas nunca abra mão da orientação de um Profissional de Educação Física competente e qualificado, isso vai fazer toda a diferença na sua qualidade de vida.
Se você quer conhecer e entender como funciona uma não-academia entre em contato!

 

Quem define se você é jovem ou velho? Idade cronológica X Idade biológica

Nós seres humanos temos duas idades: a idade cronológica e a idade biológica. Um é apenas um marcador de tempo, como um hodômetro, cada dia, semana, mês e ano que passa é contabilizado e não é possível voltar atrás, quiçá recuperá-lo. Ela está registrada nos nossos documentos e contabiliza o número de voltas que damos a borda da Terra ao redor do Sol.  Vai que um dia tenhamos humanos nascendo em Marte, como seria a conta? Em Marte o ano dura 687 dias ou seja, levaríamos quase o dobro de dias para completar um ano.

Brincadeiras à parte o que quero dizer é que como um índice de medição de envelhecimento a idade cronológica é muito falha, pois ele indica o tempo cronos, o tempo criado por nós para dividir o ano em meses, o  tempo diário e de vida para efeito de controle. No entanto o índice que realmente mensura a idade de cada ser humano é a idade biológica.

 

  • O que é idade biológica?

 

A idade biológica é o conjunto de fatores que explicam a eficiência sistêmica do organismo humano. Nosso organismo é um sistema complexo, formado por órgãos que funcionam de maneira integrada e por consequência influenciam todo o sistema.

Por isso a forma de se calcular a idade biológica é multifatorial, não se restringe a apenas um fator como a idade cronológica, que tem apenas o tempo com referência.

São vários os fatores que influenciam o cálculo da idade biológica:

  • Histórico familiar de cardiopatías
  • Aspectos médicos (níveis sanguíneos de colesterol, triglicérides, glicemia, etc…)
  • Hábitos de vida (uso de bebida, cigarro, atividade física)
  • Alimentação
  • Aspectos psicológicos (relacionamentos, depressão, ansiedade, etc…)
  • Segurança

Boa parte deles, como prática regular de atividade física, alimentação equilibrada, uso moderado de bebidas e ou cigarro e busca de um equilíbrio emocional para lidar com os desafios da vida. Não é pouco e nem é trivial, até porque não somos ensinados a viver bem, somos ensinados a decorar conteúdos, passarmos em provas e a não demonstrarmos fraquezas. Tudo isso somado acaba nos desviando da principal razão de viver, que é viver uma vida plena e feliz, mesmo com todos os desafios que ela irá nos apresenta.

 

  • Calculadora da idade biológica.

 

Independente de quantos anos a sua carteira de identidade aponte, você pode ser bem mais velho ou bem mais jovem de verdade.

Creio que está ficando claro que ser biologicamente mais jovem depende diretamente das suas escolhas. E isso implica em uma vida mais saudável e plena, pois seu corpo não será o limitante para que você possa fazer aquela viagem que você tanto gostaria de fazer, nem mesmo te impedir de poder curtir os filhos, os netos e os momentos com o seu cônjuge, praticar algum esporte com os amigos ou até mesmo desenvolver alguma atividade laboral com energia e disposição.

Quer saber a sua idade biológica? Acesse o link abaixo e descubra. Depois volte que tenho umas dicas especiais para você.

Calculadora

 

  • Como ser mais jovem?

 

Então? Como foi?

Se você está mais jovem que a sua carteira de identidade Parabéns! Aproveite para ver o que você pode melhorar para continuar investindo na sua “juventude”.

Se você está mais velho, não se desespere, pois o mais legal de tudo isso é que você pode começar a reverter este quadro Agora!

Existem dois fatores chave para você ficar mais jovem:

 

  • Alimentação:

 

Você com certeza já ouviu aquela frase “você é o que você come”. Apesar de ser meio clichê ela é verdadeira, pois uma alimentação inadequada intoxica e tira energia do organismo, logo tira vitalidade e vida, pois o aumento do ph do organismo causado por estes alimentos aumenta o risco de doenças cardíacas e de diversos tipos de câncer.

Se alimentar bem não é tão complexo, a implantação de alguns hábitos podem fazer muita diferença. Não estou pregando que você deixe de ter prazer com a comida, que deixe de comer uma pizza uma picanha com aquela gordurinha tostada, estou falando de ter uma regularidade de ingestão de alimentos saudáveis e evitar alimentos tóxicos e deletérios.

Seguem abaixo alguma dicas bem práticas:

 

  • Reduza a ingestão de açúcares, evite adicionar açúcar aos alimentos;
  • Diminua o consumo de produtos industrializados;
  • Evite pular refeições;
  • Faça ingestão de bebidas alcoólicas de forma moderada;
  • Evite alimentos refinados, dê preferência aos integrais;
  • Consuma de 4 a 5 porções de frutas por dia;
  • Procure ingerir gorduras de fontes saudáveis (castanhas, nozes, azeites, ômega-3)
  • Beber 35 ml de água por quilo de peso (Ex: uma pessoa com 70 quilos deve beber 2450 ml de água por dia)

 

  • Atividade física:

 

Nosso corpo evoluiu pelo e para o movimento, logo o sedentarismo é um mal para o bom funcionamento do mesmo, isso não quer dizer que você tem que virar um atleta, pois o excesso de atividade física exigida pelo esporte acelera o processo de degeneração do organismo também.

Um dos motivos para se exercitar é manter o metabolismo acelerado, principalmente depois dos 30 anos de idade nosso organismos começa a ter um declínio no metabolismo aumentando com isso a eficiência não apenas de manter o peso, bem como uma série de outras funções importantíssimas para a manutenção da saúde do organismo como um todo.

Segundo Ulrik Wisloff, pesquisador da Universidade da Noruega,  a maneira mais eficaz e adequada de mudar a idade biológica é se exercitar. A atividade física bem feita e orientada por um profissional capacitado irá poupar tempo e tornar o processo muito mais efetivo, melhorando:

  • A produção hormonal, que melhora a qualidade de sono, a disposição e o humor;
  • A disposição para realizar as atividades diárias de trabalho e lazer;
  • Protege e fortalece as articulações, evitando  ou melhorando o quadro de artroses, protusões discais, hérnias e etc;
  • Acelera o metabolismo permitindo umas escapadinhas alimentares;
  • Previne e ajuda no tratamento da depressão;
  • Reduz o risco de várias doenças, inclusive cardiopatias, cânceres, dentre tantas outras.

 

Ou seja, ser jovem é uma questão de como você se vê e de como você se cuida. Cuide-se, pois o quanto você vai poder aproveitar a vida depende do quanto você investe em você.

DEPRESSÃO SEM PRESSÃO – Saber sobre a sua dor é o primeiro passo

Quem diria que o Brasil, país do futebol e carnaval, tem a maior taxa de pessoas com depressão na América Latina e uma média que supera os índices mundiais? Dados publicados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em fevereiro deste ano, aponta 322 milhões de pessoas no mundo sofrendo de depressão o que significa 18% a mais do que há 10 anos. No caso do Brasil, a OMS estima que 5,8% da população nacional seja afetada pela depressão*.

E porquê o país visto tão alegre e festivo não teria casos de depressão? Por acaso se vive em festa o tempo todo? E porque celebridades, gente jovem, bonita, realizada profissionalmente ou espiritualmente e evoluídas não seriam afetadas por esse transtorno?

É fácil quebrar paradigmas dessas questões quando, simplesmente lembramos que, em essência, somos HU-MA-NOS. E ainda, observar que vivemos numa sociedade que estimula a concorrência e onde parâmetros e métricas nos colocam em comparação, generalizadas, uns com os outros, apontando apenas o “melhor lado” da gente com um foco especial no que brilha em nós, ou seja, nossa luz. Seria isso mesmo? Então só há valor se somos “bons”? So haá valor se temos brilho? E isso é possível o tempo todo? Claaaro (trocadilho, rs) que não! Se luz acende, luz apaga.

No filme documentário “Efeito Sombra” do Dr. Deepak Chopra, conteúdos do psiquiatra suíço Jung do século XX**, traz a máxima dos seus estudos sobre o “aceitar a si mesmo” como forma de nos acolher a partir da inclusão do nosso oposto, ou seja, nossa sombra, essa muito mais presente quando a doença nos vem. Dessa perspectiva e entendimento, podemos nos enxergar mais inteiros como luz e sombra, não é mesmo? E somos perfeitos, “acesos” ou “apagados”. Essa é a beleza de SER HUMANO. Dessa forma, o ato de viver torna-se mais real, verdadeiro e pleno podendo nos ajudar a compreender os momentos da vida pelos quais passamos e ainda, potencializar um quadro de melhora da forma como lidamos com nossas doenças.

A doença, sejam ela física ou mental, coloca em cheque a vida que levamos e como a levamos. E nisso, nosso corpo é mestre comunicador. Essas questões da vida são de ordem tão complexa e, ao mesmo tempo, tão natural e presente que é trivial esbarrarmo-nos nas nossas sombras. A depressão, assim como qualquer outra doença, nos tira do fluxo do estado de bem viver e, sério, é importante sinalizar um “ok” pra isso. O nome disso é auto-acolhimento, ou seja, é a capacidade que desenvolvemos de olhar pra si, abraçar o que está acontecendo e, sem se perder em auto-julgamento, auto-rejeição ou negação do que está em evidência, buscar suporte necessário.

Digo isso pra não olharmos pra depressão de forma mais difícil do que é, ou ainda, uma vez acometido pela doença, não virmos somar outras doenças a ela com atitudes constantes de negação. Sem que possamos perceber, essa atitude, além de agravar, inviabiliza o tão almejado estado do ficar bem. Passei anos negando o mais natural em mim: menstruar! Uma vez mulher, dotada de órgãos genitais femininos, a menstruação é natural. Mas por não aceitar esse fato por anos entrei em quadros difíceis, por exemplo, de negar e rejeitar os sintomas como cólicas, vontade de comer, vontade de não comer, oscilação de humor, etc e vários outros sintomas naturais do ciclo menstrual. Sem falar nas formas de coibi-los fazendo uso regular de remédios, tais como anticoncepcionais e anti-inflamatórios, que com o tempo fora agregando outras doenças como enxaquecas (e outras) me levando a fazer uso de outras tantas medicações onde adentrei, sem perceber, num ciclo de adoecimento e uso de remédios constantes.

Depressão é natural da vida e, inclusive, saudável. Sim, saudável! Felicidade também é natural da vida e saudável, mas o tempo todo não tem nada de saudável nisso. Observe que ao longo de um dia podemos nos sentir deprimidos e felizes. E assim como não é saudável SÓ se sentir deprimido, da mesma forma não é saudável SÓ se sentir feliz. Falácias de uma sociedade doente acreditar que é preciso estar feliz o tempo todo…Por conta dessa crença, a tendência é que a OMS registre um aumento muito superior dos índices de depressão apontados no início desse artigo.

Sabemos o quanto a presença de algumas doenças (depressão, obesidade, câncer, etc) nos coloca em sentimentos de medo, culpa e, muitas vezes, vergonha, afinal publicações nas mídias sociais, por exemplo, raramente irão mostrar sobre o lado não feliz da vida. Ficar doente não é legal e ninguém gosta de falar disso, mas é preciso aceitar que faz parte, é da vida e tem função fundamental na permanência de se manter vivo.

Essa semana, em reflexão sobre isso com uma amiga terapeuta ela me disse que “é a dor que nos mantém vivo”. Eureka! É a dor e, no caso, a doença que nos move na direção da sobrevivência! Não se trata de um culto a dor, mas apenas de dar a ela seu devido espaço no existir das nossas vidas sem olhar pra isso como o fim de tudo. Por vezes, ela se trata de um convite para um novo começo.

Portanto, se algo dói, converse sobre sua dor. Dor física ou emocional. Não importa. Dor é dor. Depressão tem cura e olhar pra situação se auto-acolhendo aumenta muito as chances de superar o quadro depressivo. Depressão sem pressão. Com permissão. Com auto-acolhimento e auto-amor.

*Fonte: Estadão. Caderno Saúde. http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-e-o-pais-que-mais-sofre-com-depressao-na-america-latina,70001676638

**Psiquiatra e psicoterapeuta suíço do século XX que desenvolveu os conceitos de arquétipos e inconsciente coletivo.

SUA SAÚDE: 4 DICAS ESSENCIAIS PARA UMA VIDA PLENA

Todos nós desejamos viver bem, gozar a vida, aproveitar os momentos com nossa família, com nossos amigos. Queremos ter energia e disposição para colocar nossos projetos profissionais em curso para alcançarmos nossos objetivos. Em resumo como diriam os Titãs: “A gente não quer só comida. A gente quer comida, Diversão e arte … A gente quer fazer amor… A gente quer prazer… A gente quer dinheiro e felicidade. Você tem sede de quê?”. Ser humano tem sede de vida. Mas a vida só é plena se for uma vida saudável.

Quatro são os Pilares para termos uma vida plena e saudável:

 

  1. Atividade física regular e adequada.

 

Há duas maneiras de você contribuir para o mal funcionamento do seu corpo: usando pouco, sedentarismo ou usando demais, como ocorre com atletas e com pessoas que exageram na atividade física.

Sim! Existe uma “dose” certa de exercícios para cada pessoa conforme o seu momento atual, assim como, existe também, uma abordagem técnica adequada, para cada pessoa. Por isso não existe uma receita mágica que funciona para todo mundo. E é exatamente por existirem estas fórmulas mágicas que as pessoas desistem de se exercitar, pois acabam se frustrando com expectativas que não se cumprem.

Outro paradigma a ser quebrado é o de  “quanto, mais melhor”. O mais importante no treinamento físico é a regularidade. Às vezes, querendo tirar o atraso, achamos que  treinar todo dia, um monte de modalidades juntas irá nos levar ao resultado desejado. Essa estratégia não só não trará bons resultados, como  aumentará seu risco de lesão.

Treinar certo é mais eficaz do que treinar muito. Tão importante quanto estimular seu corpo se exercitando é equilibrar com descanso e alimentação adequada. Esta é uma ótima notícia, pois treinar de 2 a 4 vezes por semana, com sessões de até uma hora de duração são, junto com um programa de treino individualizado, a dose adequada de exercícios para se ter uma vida saudável.

 Nosso corpo foi feito para se mover. Se mova de forma correta.

 

  1. Qualidade e quantidade de sono.

 

A falta de um sono reparador desequilibra todo o funcionamento do corpo. As consequências mais aparentes, são: cansaço, dificuldade de concentração, irritabilidade, entre outros. Porém, estas são as menores perdas causadas pela privação do sono. Há vários estudos científicos comprovando efeitos muito mais graves, como:

  • Obesidade: Menos de seis horas de sono causam alterações na produção dos hormônios que equilibram o apetite;
  • Risco aumentado de AVC: Adultos que dormem menos de seis horas por noite têm quatro vezes mais chances de ter derrame;
  • Osteoporose: Dormir pouco impede que ocorra a reparação e síntese de cálcio nos ossos;
  • Aumento de problemas cardíacos: dormir seis horas ou menos por noite aumenta em 48% as chances de desenvolver doenças no coração;
  • Desequilíbrios metabólicos: dormir pouco impede o processo de reparação que ocorre à noite, gerando o aumento da cintura abdominal, aumento da pressão arterial, alterações de colesterol, triglicérides e glicemia;
  • Aumento do risco de câncer: dormir pouco aumenta os riscos de câncer de mama, entre outros;
  • Diminuição da expectativa de vida: ter menos de seis horas de sono implica em morte precoce.

Creio que a esta altura você já entendeu que dormir é vida e que dormir proporciona saúde e qualidade de vida. Invista na qualidade e quantidade do seu sono. Para te ajudar seguem algumas dicas:

  1. Tenha uma rotina de sono, indo dormir sempre que possível em horários próximos. Crie um ritual para ir desacelerando a mente. Meditar é uma ótima forma de desacelerar a mente, preparando seu corpo para uma ótima noite de sono;
  2. Evite cafeína, álcool e tabaco, principalmente próximo do horário de dormir;
  3. Evite usar a cama para trabalhar ou ver TV. Use apenas para dormir e fazer coisas mais divertidas…
  4. Deixe o quarto fresco e arejado. Dormimos melhor com temperaturas amenas, por volta dos 20ºC;
  5. Mantenha o quarto escuro antes de dormir, evitando focos de luz forte, como TV, tablets, celulares e computadores;
  6. Faça exercícios regularmente, pois a prática regular ajuda na produção da melatonina, que é o hormônio do sono;
  7. Se o seu caso for mais grave procure um médico, pode ser que você precise de uma ajuda clínica.

 

  1. Alimentação saudável.

 

Todo mundo já ouviu falar a célebre frase: “você é o que você come”. Apesar de nossa saúde não reduzir apenas a questão alimentar, com certeza ela é importantíssima para manter o organismo em equilíbrio e por consequência saudável.

Por muito tempo abordou-se a questão alimentar com foco no balanço energético do consumo dos macronutrientes: carboidratos, gorduras e proteínas. Usava-se a famosa pirâmide alimentar, lembra-se dela?

Atualmente sabe-se que tão importante quando o equilíbrio dos macronutrientes na nutrição do nosso corpo, os alimentos funcionais são de fundamental importância para o bom funcionamento do organismo.

Os alimentos funcionais se ingeridos regularmente podem oferecer vários benefícios à saúde, que vão além do valor nutritivo inerente à sua composição química, podendo desempenhar um papel potencialmente benéfico na redução do risco de doenças crônicas degenerativas, como câncer, hipercolesterolimia, níveis elevados de triglicérides, hipertensão, diabetes, dentre outras.

Estes nutrientes são comumente encontrados em cereais integrais, frutas e vegetais. Para ter acesso a uma lista de alimentos funcionais e seus benefícios, acesse o link http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/220_alimentos_funcionais.html.

Não caia no paradigma de que nutricionista é só para quem quer emagrecer ou ficar “fortão”, ok? Procure um nutricionista, ele poderá ajudar à você ter uma alimentação mais saudável.

 

  1. Capacidade de lidar com situações de stress.

 

Todos os dias estamos expostos a inúmeras situações estressantes, seja no trânsito, no trabalho ou mesmo em casa. A grande questão é que ninguém nos ensinou a lidar com o stress, aprendemos matemática, história, geografia, português, mas saber identificar e lidar com as nossas emoções, não!

Segundo estudiosos da psique humana, somos seres que utilizamos a razão para explicar nossas escolhas emocionais. Se as emoções são a base das nossas escolhas e  refletem como as coisas e os outros nos atingem, não seria razoável desenvolvermos esta competência? Daniel Goleman em seu best-seller Inteligência Emocional nos mostra como é fundamental a competência emocional para uma vida mais equilibrada, saudável e bem sucedida. Pois, pessoas que lidam melhor com as situações de stress, conseguem construir relações mais saudáveis nos vários ambientes da sua vida.

Existem formas de desenvolver o autoconhecimento. Citarei algumas que serão úteis, uma vez que já foram testadas e validadas.

  1. Procure uma ajuda profissional, como: um psicólogo, um psicoterapeuta ou um coach. Busque referências do trabalho deste profissional e veja se a linha de trabalho dele te agrada;
  2. Faça cursos, como o item anterior as referências e alinha de trabalho devem ser analisados;
  3. Medite. A meditação é uma prática milenar e com extensa comprovação dos seus benefícios. Meditar é um processo simples, principalmente se você tiver paciência e regularidade na prática, pois quanto mais você praticar melhores serão os resultados.

Procure ir implementando um de cada vez, pois a mudança de hábitos é um processo que precisa de tempo e normalmente fazer muitas mudanças simultâneas acaba não sendo um processo efetivo, por isso não tenha pressa, tenha constância.

Espero que este breve guia possa ajudar você a ter uma vida melhor.

 

Enjoy your life!

 

O que eu devo saber sobre sintomas de depressão e ninguém me falou.

Segundo a OMS a depressão atinge 30 milhões de indivíduos no mundo e que uma em cada cinco pessoas irá apresentar o problema em algum momento da vida. Porém, a depressão ainda está cercada de muitas dúvidas que podem atrapalhar o seu diagnóstico e tratamento.

A depressão pode estar relacionada com a existência de fatores genéticos, que promovem uma predisposição para o transtorno. Pessoas com uma personalidade melancólica apresentam maior vulnerabilidade para a depressão. Esta enfermidade é um problema neuroquímico, que provém da deficiência de duas importantes substâncias: serotonina e noradrenalina, conhecidas como neurotransmissores e que são produzidas pelo sistema nervoso central.

Os sintomas mais comuns são a tristeza, o excesso de sono, a alteração do apetite, o desânimo, a apatia, a insônia, a falta de desejo sexual, a irritabilidade e a preguiça, até mesmo nas atividades mais simples, como: tomar banho, assistir televisão ou ler. Pode haver também a presença de pensamentos negativos e repetitivos, falta de concentração, ataques de ansiedade e dores físicas não diagnosticáveis.

A base do tratamento normalmente inclui tratamento medicamentoso e psicoterapia ou a combinação das duas. Porém, cada vez mais estudos comprovam a eficácia da atividade física como parte importante do tratamento.

Há duas maneiras em que a atividade física pode atuar sobre a depressão: de forma preventiva, onde é utilizada como proteção contra o desenvolvimento de sintomas depressivos, e como parte do tratamento, por meio de mecanismos psicológicos e/ou biológicos. Por meio do convívio com outras pessoas a atividade física interfere nos fatores psicológicos, por meio da mudança de foco dos estímulos estressores, aumento do controle sobre seu corpo e sua vida e da interação social. Já os fatores biológicos estão relacionados ao efeito da endorfina, mais conhecida como hormônio do bem-estar. A endorfina tem efeito similar à morfina, que pode reduzir a sensação de dor e produzir um estado de euforia. Na depressão a transmissão em algumas sinapses aminérgicas centrais está prejudicada, por defeitos na produção, na transferência ou na perda de aminas. Há também a hipótese biológica que o exercício físico associado ao tratamento promove o aumento da serotonina e noradrenalina, essas substâncias são neurotransmissores e assim como a dopamina e a endorfina e estão diretamente  relacionadas à satisfação, ao prazer, sono, humor, apetite, etc.

Então, se você sentir que os sintomas citados se repetem com regularidade no seu dia-a-dia, busque um profissional para que possa ser feito um diagnóstico o mais breve possível para que possa iniciar imediatamente um tratamento e não se esqueça, a atividade física é fundamental para a sua recuperação e a volta a uma vida mais plena e feliz.