E aí Tchurma!

Dando continuidade ao nosso papo semanal, hoje decidi falar com você sobre um tema bem recorrente que vemos na prática clínica quando recebo clientes que querem passar por um processo de perda de peso: A FOME!

Dá até um arrepio só de pensar, né?

Quantos de vocês já não se viram em uma situação onde para garantir que uma perda de peso aconteça recorremos a cortes constantes do volume das refeições que comemos.

Na prática eu dou um exemplo bem recorrente. Imagine a seguinte situação: Homem de 45 anos, faz três refeições ao dia, café da manhã, almoço e jantar; tem uma rotina bem estressante em seu trabalho e por vezes até dores físicas durante o dia a dia. Suas refeições são bem energéticas, tem um costume de comer dois pães com manteiga e café preto adoçado pela manhã. Almoça cerca de 500 gramas, em um prato bem caprichado no arroz e feijão acompanhado de salada e carne. Jantar bem parecido com o almoço.

Por circunstâncias da vida ele foi obrigado a passar por um processo de perda de peso, e ele decidiu ainda, por conta própria fazer dieta (já falamos sobre esse famigerado tema no último texto).

SUA DECISÃO: Reduziu o café da manhã, almoço e jantar pela metade.

RESULTADO: Fome e perda de peso expressiva durante os primeiros 15 dias.

Mas aí vem o Pó(blema)! A médio prazo ficou insustentável essa “dieta”, pois os eventos sociais, a fome e o prazer de comer foram descartados da sua vida. E, como a vida, é muito mais do que só comer, o abatimento o trouxe a voltar aos antigos hábitos alimentares. Resultado: Ganho de peso, desânimo, cansaço. A bomba estourou!

Nessa situação, noto uma grande oportunidade para nos debruçarmos e poderíamos ficar um bom tempo discursando sobre o assunto (e pra mim que falo muito, prato cheio) mas vou me atentar ao “x” da questão, se é que existe só uma incógnita aí!

Esse rapaz esqueceu de trazer elementos novos a sua rotina alimentar, ele ficou preso aos hábitos rotineiros que o trouxe até onde ele estava e ficou com preguiça de se organizar. Organizar uma nova lista de compras, organizar o seu dia, saber onde comer, quando ele tem fome, quando ele pratica um exercício físico, ou seja, faltou planejamento!

E sem planejamento, qualquer coisa, pode virar qualquer coisa! Sem estratégia, qualquer mudança é resultado! Sem acompanhamento, qualquer ação é fraca! Então meu nobre gafanhoto, não deixe ser persuadido pela preguiça a tentar se reeducar, persiga aquilo que o motivou! Repita, reflita, acompanhe, se motive novamente, se organize, se monitore!

Seu padrão alimentar demorou anos para o trazer a esse momento que você se encontra hoje, e não será no dia pra noite que você conseguirá resultados expressivos. Lute e não desista! Persista e resista!

Nunca se esqueça que mens sana in corpore sano (“uma mente sã num corpo são”).

Limpe sempre seus pensamentos de cargas negativas… Esqueça as dietas, se reeduque e procure um bom padrão alimentar pra você! Reeduque sua mente para reeducar sua alimentação! Limpe seus pensamentos, o resto vem!

Abraço Galera!