O envelhecimento afeta todos os seres vivos, cujo processo de degradação progressivo e diferencial culmina na morte do organismo (CANCELA, 2007). Macabro né? Mas é a verdade. E dentro deste processo de envelhecimento, obviamente, está inclusa a degeneração do sistema nervoso central e é sobre ele que vou falar agora. Dentre as alterações destaco:
1. Desequilíbrio entre a perda e a renovação das celulas;
2. Modificações no sistema imunológico, aumentando o risco de infecções
3. Aumento da morte celular provocada por radicais livres decorrentes da diminuição da síntese de enzimas antioxidantes;
4. Desequilíbrio entre a geração de compostos oxidantes e os sistemas de defesa antioxidante (estresse oxidativo), um dos principais fatores envolvidos no envelhecimento do SNC e surgimento das Desordens Neurodegenertivas como Alzheimer e o Parkinson
5. Aumento de resíduos do metabolismo intracelular;
6. Diminuição do metabolismo energético;
7. Diminuição dos níveis de neurotransmissores;
8. Diminuição da velocidade do processamento de informações;
9. Diminuição da memória de trabalho;
10. Diminuição da capacidade sensorial e perceptual.
O exercício físico induz adaptações estruturais e funcionais. Esse aumento dos mecanismos celulares e sinápticos da plasticidade pode contribuir para haver efeitos benéficos do enriquecimento motor, reduzir a degeneração e promover a recuperação funcional no cérebro. No Alzheimer o treinamento melhora a perfusão cerebral pelo aumento da produção de óxido nítrico, além de intensificação da atividade anti-inflamatória , aumento da produção de acetilcolina e pelo aumento da expressão de fatores neurotróficos. No Parkinson, os sintomas melhoram a partir da síntese de dopamina produzida pela liberação de cálcio no exercício.
Resumo: se não quer se tornar um idoso senil, e perder a noção da realidade, comece a treinar desde já e mantenha a sua cabeça saudável até o fim.