Longevidade e Plenitude

O fenômeno da longevidade é algo razoavelmente novo na nossa sociedade. O Brasil até muito pouco tempo atrás era considerado um país jovem, porém a velocidade no aumento da expectativa de vida do brasileiro tem mudado radicalmente a distribuição nas faixas etárias da pirâmide populacional. Em 2030 a quantidade de jovens será compatível com o número de pessoas acima dos 40 anos.

 

Este aumento da longevidade implica em algumas mudanças, sejam elas fisiológicas, sejam elas comportamentais. Como ocorre em cada fase da vida nosso corpo está em constante mudança e o mais importante além de entender estas mudanças é saber conviver com elas.

 

  • Sarcopenia e dinapenia

A sarcopenia se refere a perda da massa muscular, redução do tamanho dos músculos, já a dinapenia é a perda da força muscular relacionada ao envelhecimento. Segundo inúmeros estudos o  declínio da força é muito mais rápido que o declínio da massa muscular, o que comprova que tanto o ganho como a perda da força muscular tem uma relação muito maior com a eficiência da ativação dos músculos pelo sistema nervoso central do que com o volume muscular. Logo o treinamento de força para longevidade deve visar estímulos motores variados e mais complexos em comparação treinamento de força tradicional em aparelhos de musculação que tem foco na hipertrofia muscular.

 

  • Envelhecimento cerebral

            Após os 45 anos há uma redução de 20% do peso cerebral, acarretando a redução do córtex, do número de neurônios e neurotransmissores.

Os fatores que contribuem para estas perdas, são:

  • Mudança ou ausência de rotinas;
  • Redução da atividade social e com isso redução das atividades cognitivas e de exposição a estímulos ambientais;
  • Redução da busca por novos conhecimentos;
  • Mudanças na dieta;
  • Redução da atividade física.

Essas alterações fisiológicas impactam no dia-a-dia destas pessoas reduzindo a capacidade de dividir a atenção em mais de uma tarefa, a velocidade de aprendizagem e a resposta à estímulos ambientais.

 

Como lidar com estas alterações de maneira a termos uma vida plena e feliz?

 

  1. Aceite que viver mais implica em algumas mudanças inerentes aos processo de envelhecimento. Se comparar com pessoas mais jovens ou com você mesmo quando mais jovem não faz sentido. São momentos diferentes da vida e hoje, com certeza, você tem uma bagagem de vida e experiências que aos 20 ou 30 anos você não tinha. Se livre do culto à juventude e cultue a vida.

 

  1. Faça exercícios físicos adequados para o seu momento de vida. O exercício físico bem feito e planejado te ajudará a ter mais força, flexibilidade, equilíbrio, disposição e reduzirá o risco de doenças, como: diabetes, hipertensão, doenças metabólicas, alguns tipos de câncer, depressão, demência entre tantas outras.

Outro benefício em praticar exercícios é a possibilidade da socialização, fator importantíssimo para potencializar ainda mais esses ganhos.

 

  1. Exercite seu cérebro. A rotina é uma maneira de manter seu cérebro eficiente, mantenha um padrão de atividades diárias. Não vale ficar no sofá trocando de programa conforme o horário. Aprenda algo novo, estude coisas diferentes das quais você já está habituado, aprenda uma nova língua.

A neurociência desenvolveu exercícios que estimulam tanto a parte sensorial, quanto a cognitiva e a motora. Estes exercícios potencializam a formação de novas redes neurais aumentando a eficiência do funcionamento do cérebro.

 

  1. Mantenha uma vida social ativa. Sai com os amigos ou com os familiares. Tenha momentos na semana a onde você possa sair de casa encontrar com pessoas para bater um papo, rir, contar “causos”. Viaje, conheça novos lugares, de preferência com um grupo de amigos

 

Resumindo, aproveite! Afinal não importa se você tem 5 ou 100 anos, o tempo é igual para todos, ele não para. Então, não deixe ele apenas passar, viva cada segundo com deleite e gratidão!

 

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