Segundo a OMS a depressão atinge 30 milhões de indivíduos no mundo e que uma em cada cinco pessoas irá apresentar o problema em algum momento da vida. Porém, a depressão ainda está cercada de muitas dúvidas que podem atrapalhar o seu diagnóstico e tratamento.
A depressão pode estar relacionada com a existência de fatores genéticos, que promovem uma predisposição para o transtorno. Pessoas com uma personalidade melancólica apresentam maior vulnerabilidade para a depressão. Esta enfermidade é um problema neuroquímico, que provém da deficiência de duas importantes substâncias: serotonina e noradrenalina, conhecidas como neurotransmissores e que são produzidas pelo sistema nervoso central.
Os sintomas mais comuns são a tristeza, o excesso de sono, a alteração do apetite, o desânimo, a apatia, a insônia, a falta de desejo sexual, a irritabilidade e a preguiça, até mesmo nas atividades mais simples, como: tomar banho, assistir televisão ou ler. Pode haver também a presença de pensamentos negativos e repetitivos, falta de concentração, ataques de ansiedade e dores físicas não diagnosticáveis.
A base do tratamento normalmente inclui tratamento medicamentoso e psicoterapia ou a combinação das duas. Porém, cada vez mais estudos comprovam a eficácia da atividade física como parte importante do tratamento.
Há duas maneiras em que a atividade física pode atuar sobre a depressão: de forma preventiva, onde é utilizada como proteção contra o desenvolvimento de sintomas depressivos, e como parte do tratamento, por meio de mecanismos psicológicos e/ou biológicos. Por meio do convívio com outras pessoas a atividade física interfere nos fatores psicológicos, por meio da mudança de foco dos estímulos estressores, aumento do controle sobre seu corpo e sua vida e da interação social. Já os fatores biológicos estão relacionados ao efeito da endorfina, mais conhecida como hormônio do bem-estar. A endorfina tem efeito similar à morfina, que pode reduzir a sensação de dor e produzir um estado de euforia. Na depressão a transmissão em algumas sinapses aminérgicas centrais está prejudicada, por defeitos na produção, na transferência ou na perda de aminas. Há também a hipótese biológica que o exercício físico associado ao tratamento promove o aumento da serotonina e noradrenalina, essas substâncias são neurotransmissores e assim como a dopamina e a endorfina e estão diretamente relacionadas à satisfação, ao prazer, sono, humor, apetite, etc.
Então, se você sentir que os sintomas citados se repetem com regularidade no seu dia-a-dia, busque um profissional para que possa ser feito um diagnóstico o mais breve possível para que possa iniciar imediatamente um tratamento e não se esqueça, a atividade física é fundamental para a sua recuperação e a volta a uma vida mais plena e feliz.