Todos nós desejamos viver bem, gozar a vida, aproveitar os momentos com nossa família, com nossos amigos. Queremos ter energia e disposição para colocar nossos projetos profissionais em curso para alcançarmos nossos objetivos. Em resumo como diriam os Titãs: “A gente não quer só comida. A gente quer comida, Diversão e arte … A gente quer fazer amor… A gente quer prazer… A gente quer dinheiro e felicidade. Você tem sede de quê?”. Ser humano tem sede de vida. Mas a vida só é plena se for uma vida saudável.

Quatro são os Pilares para termos uma vida plena e saudável:

 

  1. Atividade física regular e adequada.

 

Há duas maneiras de você contribuir para o mal funcionamento do seu corpo: usando pouco, sedentarismo ou usando demais, como ocorre com atletas e com pessoas que exageram na atividade física.

Sim! Existe uma “dose” certa de exercícios para cada pessoa conforme o seu momento atual, assim como, existe também, uma abordagem técnica adequada, para cada pessoa. Por isso não existe uma receita mágica que funciona para todo mundo. E é exatamente por existirem estas fórmulas mágicas que as pessoas desistem de se exercitar, pois acabam se frustrando com expectativas que não se cumprem.

Outro paradigma a ser quebrado é o de  “quanto, mais melhor”. O mais importante no treinamento físico é a regularidade. Às vezes, querendo tirar o atraso, achamos que  treinar todo dia, um monte de modalidades juntas irá nos levar ao resultado desejado. Essa estratégia não só não trará bons resultados, como  aumentará seu risco de lesão.

Treinar certo é mais eficaz do que treinar muito. Tão importante quanto estimular seu corpo se exercitando é equilibrar com descanso e alimentação adequada. Esta é uma ótima notícia, pois treinar de 2 a 4 vezes por semana, com sessões de até uma hora de duração são, junto com um programa de treino individualizado, a dose adequada de exercícios para se ter uma vida saudável.

 Nosso corpo foi feito para se mover. Se mova de forma correta.

 

  1. Qualidade e quantidade de sono.

 

A falta de um sono reparador desequilibra todo o funcionamento do corpo. As consequências mais aparentes, são: cansaço, dificuldade de concentração, irritabilidade, entre outros. Porém, estas são as menores perdas causadas pela privação do sono. Há vários estudos científicos comprovando efeitos muito mais graves, como:

  • Obesidade: Menos de seis horas de sono causam alterações na produção dos hormônios que equilibram o apetite;
  • Risco aumentado de AVC: Adultos que dormem menos de seis horas por noite têm quatro vezes mais chances de ter derrame;
  • Osteoporose: Dormir pouco impede que ocorra a reparação e síntese de cálcio nos ossos;
  • Aumento de problemas cardíacos: dormir seis horas ou menos por noite aumenta em 48% as chances de desenvolver doenças no coração;
  • Desequilíbrios metabólicos: dormir pouco impede o processo de reparação que ocorre à noite, gerando o aumento da cintura abdominal, aumento da pressão arterial, alterações de colesterol, triglicérides e glicemia;
  • Aumento do risco de câncer: dormir pouco aumenta os riscos de câncer de mama, entre outros;
  • Diminuição da expectativa de vida: ter menos de seis horas de sono implica em morte precoce.

Creio que a esta altura você já entendeu que dormir é vida e que dormir proporciona saúde e qualidade de vida. Invista na qualidade e quantidade do seu sono. Para te ajudar seguem algumas dicas:

  1. Tenha uma rotina de sono, indo dormir sempre que possível em horários próximos. Crie um ritual para ir desacelerando a mente. Meditar é uma ótima forma de desacelerar a mente, preparando seu corpo para uma ótima noite de sono;
  2. Evite cafeína, álcool e tabaco, principalmente próximo do horário de dormir;
  3. Evite usar a cama para trabalhar ou ver TV. Use apenas para dormir e fazer coisas mais divertidas…
  4. Deixe o quarto fresco e arejado. Dormimos melhor com temperaturas amenas, por volta dos 20ºC;
  5. Mantenha o quarto escuro antes de dormir, evitando focos de luz forte, como TV, tablets, celulares e computadores;
  6. Faça exercícios regularmente, pois a prática regular ajuda na produção da melatonina, que é o hormônio do sono;
  7. Se o seu caso for mais grave procure um médico, pode ser que você precise de uma ajuda clínica.

 

  1. Alimentação saudável.

 

Todo mundo já ouviu falar a célebre frase: “você é o que você come”. Apesar de nossa saúde não reduzir apenas a questão alimentar, com certeza ela é importantíssima para manter o organismo em equilíbrio e por consequência saudável.

Por muito tempo abordou-se a questão alimentar com foco no balanço energético do consumo dos macronutrientes: carboidratos, gorduras e proteínas. Usava-se a famosa pirâmide alimentar, lembra-se dela?

Atualmente sabe-se que tão importante quando o equilíbrio dos macronutrientes na nutrição do nosso corpo, os alimentos funcionais são de fundamental importância para o bom funcionamento do organismo.

Os alimentos funcionais se ingeridos regularmente podem oferecer vários benefícios à saúde, que vão além do valor nutritivo inerente à sua composição química, podendo desempenhar um papel potencialmente benéfico na redução do risco de doenças crônicas degenerativas, como câncer, hipercolesterolimia, níveis elevados de triglicérides, hipertensão, diabetes, dentre outras.

Estes nutrientes são comumente encontrados em cereais integrais, frutas e vegetais. Para ter acesso a uma lista de alimentos funcionais e seus benefícios, acesse o link http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/220_alimentos_funcionais.html.

Não caia no paradigma de que nutricionista é só para quem quer emagrecer ou ficar “fortão”, ok? Procure um nutricionista, ele poderá ajudar à você ter uma alimentação mais saudável.

 

  1. Capacidade de lidar com situações de stress.

 

Todos os dias estamos expostos a inúmeras situações estressantes, seja no trânsito, no trabalho ou mesmo em casa. A grande questão é que ninguém nos ensinou a lidar com o stress, aprendemos matemática, história, geografia, português, mas saber identificar e lidar com as nossas emoções, não!

Segundo estudiosos da psique humana, somos seres que utilizamos a razão para explicar nossas escolhas emocionais. Se as emoções são a base das nossas escolhas e  refletem como as coisas e os outros nos atingem, não seria razoável desenvolvermos esta competência? Daniel Goleman em seu best-seller Inteligência Emocional nos mostra como é fundamental a competência emocional para uma vida mais equilibrada, saudável e bem sucedida. Pois, pessoas que lidam melhor com as situações de stress, conseguem construir relações mais saudáveis nos vários ambientes da sua vida.

Existem formas de desenvolver o autoconhecimento. Citarei algumas que serão úteis, uma vez que já foram testadas e validadas.

  1. Procure uma ajuda profissional, como: um psicólogo, um psicoterapeuta ou um coach. Busque referências do trabalho deste profissional e veja se a linha de trabalho dele te agrada;
  2. Faça cursos, como o item anterior as referências e alinha de trabalho devem ser analisados;
  3. Medite. A meditação é uma prática milenar e com extensa comprovação dos seus benefícios. Meditar é um processo simples, principalmente se você tiver paciência e regularidade na prática, pois quanto mais você praticar melhores serão os resultados.

Procure ir implementando um de cada vez, pois a mudança de hábitos é um processo que precisa de tempo e normalmente fazer muitas mudanças simultâneas acaba não sendo um processo efetivo, por isso não tenha pressa, tenha constância.

Espero que este breve guia possa ajudar você a ter uma vida melhor.

 

Enjoy your life!