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5 fatores sobre hipertensão arterial para você saber!

1) Afinal, o que é a hipertensão arterial?

A hipertensão arterial – ou simplesmente pressão alta – é uma patologia muito comum, que atinge milhões de pessoas. Segundo a OMS, em 2004, de 1.53 bilhões de mortes registradas, a hipertensão arterial foi a causa número 1 à frente de tabagismo, alto índice glicêmico, inatividade física e obesidade. Segundo estudo realizado em 2010, 51,7% dos casos de derrames cerebrais (AVC) são causados pela hipertensão. Logo, se você não quer ter um derrame, não seja hipertenso e, se for, trate. Além disso, a pressão arterial pode afetar os rins, sendo uma das grandes causas de insuficiência renal, e o próprio coração causando infarto do miocárdio.

 

2) O que é a pressão arterial?

É a força que o sangue, bombeado pelo coração, faz nas paredes internas dos vasos e artérias. Existe dois tipos de pressão, a sistólica e a diastólica. A pressão é mensurada quando o coração se contrai e a diastólica quando o coração relaxa. Essa medida de pressão, em condições normais, deve ser mantida a 120 (sistólica) e 80 (diastólica), daí vem o famoso “pressão 12/8” que tanto se ouve. A pressão deve ser mensurada em repouso pois fatores cotidianos podem alterar a pressão arterial de maneira natural como a prática de atividade física ou eventos estressantes. Quando a pressão de repouso atinge a marca de 14/9, a pressão é considerada alta. Neste ponto, se a pressão se mantiver alta por muito tempo, a chance de que haja consequências é muito grande.

 

3) Fatores que podem aumentar a pressão arterial:

A idade, o excesso de sal, os carboidratos e a gordura na comida, o estresse, o tabagismo e a obesidade, são fatores de risco para aumento da pressão arterial. Mas, sem sombra de dúvida, o fator que mais influencia é o sedentarismo. Um estudo feito com 4.884 mulheres saudáveis durante 18 anos, divulgado em 2006, revelou que aquelas que possuíam um nível alto de aptidão física desenvolveram 65% menos hipertensão do que aquelas que tinha um nível baixo de aptidão física. Outro estudo realizado durante 10 anos com 15.000 pessoas constatou que as que eram fisicamente ativas tinham 35% menor chance de desenvolver a hipertensão arterial do que as sedentárias.

 

4) Quais fatores fisiológicos estão associados a queda da pressão?

Alguns dos fatores fisiológicos que norteiam a queda da pressão arterial pós-treinamento físico são a diminuição do débito cardíaco (resultado da frequência cardíaca multiplicada pelo volume de sangue que o coração bombeia a cada batimento) que está associada a diminuição da frequência cardíaca e a queda da resistência vascular periférica (quando os vasos sanguíneos relaxam e facilitam a passagem do sangue) e produção de substâncias vasodilatadoras. Outros fatores relacionados a queda da pressão são a produção de substâncias vasoativas, que regulam a frequência e o volume de sangue bombeado, e a melhora na sensibilidade à insulina, além da redução da noradrenalina, substância que acelera os batimentos cardíacos. O treinamento físico também proporciona quedas agudas de pressão arterial fazendo com que pessoas hipertensas demonstrem uma queda maior da pressão arterial até 24 horas após a prática de atividade física.

 

5) Recomendação para pessoas com hipertensão!

A recomendação é de que o treinamento inicie leve e a evolução seja gradativa à medida que o corpo se adapta às alterações agudas que o exercício proporciona. A frequência deve ser à partir de três vezes por semana e a intensidade de 60% da frequência cardíaca ou 12 na Percepção Subjetiva de Esforço. Deve-se evitar exercícios uniarticulares pois estes favorecem o aumento da pressão arterial e do débito cardíaco, dando prioridade a exercícios multiarticulares e de caráter oxidativo, ou seja, de baixa intensidade.

 

Na Bliss existe equipe altamente capacitada para receber pessoas com quadro de hipertensão e auxiliá-las a controlar ou curar esta patologia. Converse com seu médico e comece o quanto antes a cuidar da sua saúde.


Os joelhos podem mudar a sua idade. Como ter joelhos saudáveis?

“Se meus joelhos não doessem mais…” como diz a letra da música do grupo O Rappa, quase que em prece, muitos de nós já experimentou em algum momento da vida de forma pontual ou constante em nossas vidas um desconforto, uma dor ou até mesmo uma incapacidade relacionada à esta articulação tão importante do nosso corpo.

Várias são as causas dessas dores, mas os principais fatores são o enfraquecimento e encurtamento dos músculos que envolvem esta articulação, gerando um desequilíbrio e uma ineficiência na sua função, aumentando, assim, o risco de lesões. Algumas destas lesões são causadas por um trauma, mas a grande maioria das lesões, mesmo aquelas que ocorreram numa pelada de futebol, em uma partidinha de tênis ou num descuido ao descer uma escada, normalmente, só ocorrem em um nível mais grave por conta desse desequilíbrio.

 

Conheça as principais doenças do joelho:

Condropatia

A condropatia patelar é um problema que atinge mais às mulheres, isso ocorre em função do corpo feminino ter o quadril mais largo o que acentua o ângulo dos joelhos desalinhando a patela, aquele osso redondo do joelho. Isso faz com que ocorra um atrito entre a patela e o fêmur, desgastando a cartilagem de ambos.

Alguns tipos de esportes e atividades físicas, como: corridas, saltos ou repetição de movimentos, como a dança, aumentam a sobrecarga nas articulações do joelho.

Principais causas:

  • a fraqueza dos músculos que estabilizam os joelhos
  • treino de força feito de forma errada
  • falta de alongamento
  • sobrepeso ou obesidade
  • hiperpressão patelar
  • artrose
  • uso constante de saltos

Sintomas:

  • dor frequente na parte da frente do joelho
  • dor ao subir e descer escadas,
  • dor ao ajoelhar,
  • dor ao agachar,
  • dor quando realiza saltos,
  • dor ao sentar com o joelho dobrado
  • dor quando permanece sentado por longos períodos de tempo

 

Artrose

A artrose de joelhos é uma das patologias mais comuns nesta articulação. Ocorre como um o resultado de um processo degenerativo por desgaste da cartilagem do joelho, levando a uma atrito direto entre o osso do fêmur e a tíbia. Este atrito causa dor e dependendo do nível da artrose causa limitação de movimentos e dor. Em casos mais graves é necessária fazer uma artroplastia de joelho, ou seja uma cirurgia de substituição da articulação “original” por uma prótese feita com a liga de Cromo-cobalto. Para pacientes alérgicos, há ainda a possibilidade de ligas alternativas como a liga de zircônio-nióbio ou titânio-nióbio.

Principais causas:

  • Sobrepeso ou obesidade
  • Músculos da coxa fracos ou atrofiados
  • Desgaste natural da articulação devido à idade
  • Traumatismo direto, como cair de joelhos
  • Doença inflamatória associada ao uso indevido da articulação
  • Excesso de uso da articulação, mais comum em atletas ou praticantes de atividades físicas de alta intensidade
  • Treinamento inadequado

Sintomas:

  • Estalos ou crepitações da articulação em movimento
  • Dor no joelho após esforços com melhora em o repouso
  • Rigidez após longos períodos de repouso, como ao levantar pela manhã
  • Inchaço e calor: normalmente na fase inflamatória
  • Sensação de aumento de tamanho do joelho: devido ao crescimento dos ossos ao redor do joelho
  • Movimentos mais restritos: especialmente esticar o joelho completamente
  • Dificuldade em apoiar o pé no chão

 

Lesão do ligamento cruzado-anterior

É a ruptura ou estiramento, do ligamento cruzado anterior. Esta é uma das lesões mais comuns no joelho. Pessoas que praticam esportes de alta demanda física, como o futebol, o tênis e o basquete, têm maior probabilidade de lesionar os ligamentos cruzados anteriores.

Existem 3 níveis neste tipo de lesão e dependendo do nível da lesão e o no nível de aptidão física do lesionado o tratamento mais adequado é cirurgia.

  • Distensões de grau 1.
    • 0 dano no ligamento é leve
    • Ainda consegue manter a articulação do joelho estável.
  • Distensões de grau 2.
    • O estiramento do ligamento chega ao ponto de se soltar.
    • Ruptura parcial do ligamento.
  • Distensões de grau 3.
    • Ruptura total do ligamento.
    • A articulação do joelho fica instável.

Principais causas:

  • Mudança rápida de direção
  • Parar de uma vez
  • Reduzir a velocidade durante uma corrida
  • Apoiar os pés incorretamente depois de um salto
  • Apoiar os pés incorretamente descendo uma escada
  • Contato direto ou colisão

Sintomas:

  • Quando da lesão é possível ouvir um estalo e sentir o joelho mover
  • Dor e inchaço. No período de até 24 horas após a lesão, ocorre o inchaço na região. Sem tratamento, a dor e o inchaço passam sozinhos
  • Amplitude de movimento reduzida
  • Desconforto ao caminhar

 

Lesão dos meniscos

Os meniscos são estruturas semicirculares de fibrocartilagem, que estão fixadas na base da tíbia, osso da perna, e funcionam essencialmente como amortecedores de impacto, ajudando na lubrificação e estabilização dos joelhos. Atuam, também, distribuindo as cargas que passam dentro da articulação.

Cada joelho possui dois meniscos: um medial e um lateral . O menisco medial possuindo pouca mobilidade e sendo mais sujeito a lesões e rupturas, ocorrendo principalmente nas entorses de joelho. O menisco lateral é essencial para a otimização do encaixe entre a tíbia e o fêmur, diminuindo o atrito e o desgaste destes ossos.

Principais causas:

  • Lesões traumáticas: ocorrem em movimentos rotacionais bruscos do joelho (entorses), comum em pessoas ativas, durante a prática de atividades esportivas e dança, ou em pessoas sedentárias com instabilidade nos joelhos.
  • Lesões degenerativas: comuns em pessoas acima de 40 anos e estão associadas à degeneração progressivo que os meniscos e demais estruturas do joelho sofrem com o passar do tempo. Também se relacionam à fraqueza das estruturas musculares que dão estabilidade aos joelhos, devido ao sedentarismos ou desequilíbrios causados por treinamentos errados.
  • Excesso de peso e repetição de movimentos

Sintomas:

  • Rigidez da articulação fica rígida e com maior resistência à flexão
  • Episódios onde o joelho “trava” e a pessoa não consegue esticar as pernas
  • Estalos ao mover a articulação
  • Dores e inchaços

 

Para prevenção ou recuperação desses problemas nos joelhos é fundamental um treinamento físico correto, que respeite os limites e fases da patologia. A recuperação passa por uma visão sistêmica do corpo e do movimento, realizando um trabalho que envolve a melhoria da eficiência não apenas da articulação dos joelhos, mas também dos quadris, tornozelos e pés.

Apesar de se falar pouco sobre esta abordagem, treinar descalço é muito importante para este processo, pois é nos pés que se encontram inúmeros receptores que dão mensagens fundamentais para o sistema nervoso central buscar o equilíbrio e bom funcionamento do corpo.

Mas, isso é assunto para outro dia. Bom final de semana!


Como o exercício pode te ajudar a combater a osteoporose?

Treinamento certo pode reverter o problema e te dar segurança novamente!

O que é osteoporose?

A osteoporose é uma doença dos ossos, que implica na perda acelerada de massa óssea, ou seja, os ossos ficam fracos e com alto risco de fraturas. Ocorrem cerca de 1,5 milhão de fraturas por ano no Brasil. Normalmente é uma doença associada a pessoas mais idosas e mulheres, porém pessoas com maus hábitos alimentares e sedentárias, e até mesmo jovens também fazem parte do grupo de risco.

É uma doença silenciosa, e aí está o grande perigo, pois a única forma de se ter ciência dela de forma preventiva é por meio de exame específico, a densitometria de massa óssea. Por isso a necessidade de acompanhamento médico regular.

Porque as mulheres são mais afetadas pela osteoporose?

A maior incidência da osteoporose, ou fragilidade dos ossos, nas mulheres é causada pela queda de estrogênio (hormônio feminino). Esta queda hormonal é mais comum depois dos 45 anos e normalmente está relacionada à menopausa. A redução de estrogênio torna os ossos porosos como uma esponja, aumentando o risco de fraturas e quedas principalmente nos idosos.

Estima-se que 1 em cada 3 mulheres acima da idade dos 50 desenvolvem osteoporose no mundo.

Como ocorre a osteoporose?

O osso, ao contrário do que muitas pessoas acreditam é um tecido vivo, que está em constante renovação. A massa óssea aumenta até os 20 anos de idade e a partir dos 40 anos começa a declinar com maior velocidade.

Este processo de renovação envolve dois tipos de células – os osteoclastos e os osteoblastos. Os osteoclastos promovem a absorção de minerais do osso, eliminando áreas de tecido ósseo e criando algumas cavidades. Os osteoblastos, por sua vez, são encarregados de preencher essas cavidades, produzindo ossos novos. Para isso, usam o cálcio, absorvido com a ajuda da vitamina D.

Quando a atividade dos osteoclastos é maior que a dos osteoblastos os ossos vão enfraquecendo, levando à sarcopenia, a primeira etapa da osteoporose.

Como o treinamento físico pode reverter a osteoporose?

A primeira coisa é saber que existe um tipo de treinamento certo para tratar a osteoporose e que não adianta fazer qualquer treinamento, como por exemplo: hidroginástica.

Comprovado cientificamente, o treinamento de força é a forma adequada de reverter a osteoporose. Treinos de força são os exercícios que trabalham contra uma resistência que pode ser externa, pesos livres e máquinas, ou pode ser utilizando o próprio peso do corpo. O importante é aumentar a tensão sobre os ossos, fazendo com que os osteoblastos trabalhem mais e aumente a síntese do cálcio na estrutura do osso.

Imagine que o seu osso é uma parede que você quer construir, você já tem o tijolo (cálcio) e o cimento (vitamina D), porém a parede não se constrói sozinha, não é mesmo? Falta o pedreiro para preparar o cimento e empilhar os tijolos, neste caso o pedreiro é o treinamento de força.

Treinos com pesos livres e com o próprio peso corporal são ainda mais efetivos, pois tendem a ativar mais músculos do corpo de forma simultânea, aumentando o estímulo sobre os ossos em comparação com exercícios em máquinas em que o trabalho dos músculos é fracionado e muitas vezes feito na posição sentada diminuindo o tempo total de estímulo.

Segundo Greendale e colaboradores, o treinamento de força quando praticado com regularidade, pode aumentar a força muscular reduzindo o risco de quedas, além de ser um eficiente estímulo para o aumento da massa óssea, reduzindo os fatores de risco relacionados com a osteoporose.

A intensidade do treinamento deve respeitar o nível de aptidão física e o nível de perda óssea de cada pessoa. A intensidade deve ser aumentada conforme a estrutura óssea vai se recuperando em resposta ao estímulo do treino. Treinar 3 vezes por semana é o suficiente para gerar bons resultados, quando acompanhado de um tratamento e monitoramento médico adequados.

Procure a orientação de um profissional de educação físico especializado, pois assim você terá uma orientação efetiva e segura, fazendo com que você obtenha os resultados desejados.

Muita Bliss na sua vida!

Por Luciano Lunkes

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