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Tag: covid19

Quarentena, sim! Sedentarismo, não!

Quarentena, sim! Sedentarismo, não!

Neste período de afastamento social, uma das consequências de maior repercussão é o aumento dos riscos de saúde para a população em geral. Pode ser paradoxal esta afirmação, afinal estamos em quarentena para cuidar da nossa saúde, “evitando” o risco de contaminação pelo Covid-19, certo?
Não, exatamente!
Já existem vários fatos e indícios que mostram que este período de isolamento social tem levado à uma série de repercussões na saúde das pessoas. É o que chamam de segunda onda, são os efeitos colaterais da quarentena. Um desses efeitos são os de fundo psicológico, como: ansiedade e depressão.
Outro fator de risco associado diretamente à saúde física é o sedentarismo. O sedentarismo causa o enfraquecimento do sistema imunológico, aumentando o risco para o desenvolvimento dos sintomas mais graves do Covid-19.
A prática regular e adequada da atividade física está diretamente relacionada com o bom funcionamento do organismo como um todo e do sistema imunológico em particular.
Um outro fator são as comorbidades relacionadas ao sedentarismo, doenças que enfraquecem o organismo, deixando-o mais suscetível às doenças, infecções e ao aumento do risco de morte.
A saúde dos idosos, também, é afetada de forma dramática com a interrupção da atividade física regular. Vários estudos indicam que idosos com baixos níveis de força possuem um risco de morrer de aproximadamente 50% maior, quando comparado aos mais ativos e fortes. Em outro estudo, chegou-se ao impressionante dado, em que mais de 30% de idosos frágeis faleceram 6 meses após a interrupção de um programa de exercícios.
A atividade física está associada com o tratamento e prevenção de doenças não apenas, de doenças fisiológicas, como também com as de natureza psicológica.
A prática regular de exercícios físicos, podem:
• Reduzir o risco de morte em 33% de doenças cardiovasculares;
• Redução do risco de formação de placas de ateromas em 44%, reduzindo o risco em 40% em comparação com sedentários;
• Redução em até 50% no risco de morrer de câncer em pessoas que fisicamente ativas quando comparadas às inativas.
• Reduzir em 78% o risco de desenvolver Diabetes Tipo 2. Além, de ser extremamente eficaz no controle da glicemia de pessoas com alterações dos níveis de “açúcar” no sangue;
O Brasil é o país com os maiores níveis de ansiedade do Mundo. Pessoas sedentárias tem o risco de desenvolver depressão aumenta de 20 a 30%, quando comparadas com pessoas ativas fisicamente.
A atividade física regular é fator fundamental de saúde no seu espectro mais amplo. Tão, importante quanto praticar uma atividade física regular é praticar esta atividade de forma segura e eficaz. Principalmente, com o passar dos anos, nós vamos acumulando algumas disfunções, restrições e patologias. Quando bem orientado, o exercício físico é mais que remédio, pois mais do que “curar” ele pode te levar a um outro nível de saúde e bem-estar.
Entender a saúde como um equilíbrio entre: mente, corpo, relacionamentos e espírito é ainda mais importante neste momento.
Cuide-se! E se quiser, pode contar com a gente!

Como lidar com a ansiedade na quarentena?

Além de estarmos enfrentando a pandemia causada pelo novo corona vírus o Brasil também sofre uma epidemia de ansiedade. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o país tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno.
Esses números se tornam ainda mais preocupantes se pararmos para analisar o nosso cenário atual, pois estamos vivendo algo inédito na humanidade e que pode agravar ainda mais esse quadro.
O avanço da tecnologia faz com que as informações se propaguem numa velocidade muito rápida, fazendo com que as pessoas vivenciem tudo em tempo real.
Para conter a ansiedade, precisamos administrar essas notícias. O ideal é que você dedique um momento do seu dia para se informar sobre a situação atual, por meio de veículos de comunicação que sejam reconhecidos e que tenham fontes seguras de informação (o que menos precisamos neste momento são fake news), e tente se “desconectar” no restante do tempo.
É necessário dividir o seu tempo, mesmo dentro de casa, como se estivéssemos vivendo uma vida normal, com tempo para o trabalho, para o descanso e para o lazer. Muito importante também é você separar um tempo para você mesmo, refletir e se permitir por alguns instantes ser a sua melhor companhia.
Além disso, é necessário manter-se focado presente, não deixando que coisas relacionadas ao passado e até mesmo o futuro te distraiam. No dia a dia, pratique atividades que deem prazer: Veja a lista de atividade que você pode (e deve) fazer:
– Manter uma rotina de Exercícios Físicos
– Fazer ligações para amigos
– Descobrir um novo talento
– Ler um livro
– Descobrir novas receitas (que sejam saudáveis de preferência)
Não devemos cair, em hipótese alguma, nas armadilhas que a quarentena nos preparou. Ela pode nos induzir a passarmos muito tempo sentados ou deitados, estimular a procrastinação de tarefas do nosso dia a dia e assim entrarmos em um “espiral”de situações que podem desencadear uma série de enfermidades da mente. Por isso tente sempre encontrar novos meios para movimentar-se e principalmente ocupar a sua cabeça nesses tempos de isolamento social.
Uma boa dica para quem quer manter uma rotina de exercícios físicos é acompanhar as nossas redes sociais, pois estamos com treinos diários que podem te ajudar nesse momento de crise.
Estaremos à sua disposição!

Exercício físico e o coronavírus (COVID-19)

Exercício físico e o coronavírus (COVID-19)

Face à pandemia do COVID-19, declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de março de 2020, e devido à quantidade crescente de informações desencontradas sobre questões
relacionadas à possibilidade da prática de exercícios físicos pela população, neste momento, vimos esclarecer alguns pontos relevantes:

• A prática regular de exercícios físicos está associada a uma melhora da função imunológica em seres humanos, otimizando as defesas do organismo diante de agentes infecciosos.

• Pessoas ativas fisicamente têm menor chance de apresentar diversas doenças, como diabetes, hipertensão e outras doenças cardiovasculares, patologias crônico-degenerativas que levam seus portadores a serem considerados de maior risco para a infecção pelo coronavírus.

• Além de seu papel preventivo, o exercício físico também é uma importante ferramenta no tratamento e controle destas citadas doenças, pois pacientes descompensados são ainda mais suscetíveis às complicações e agravamentos da infecção pelo COVID-19.

• Isso é importante, principalmente, nos idosos, comprovadamente bastante vulneráveis a esta pandemia, além de serem uma população com maior probabilidade de portarem as mencionadas patologias, tornando-os um grupo de risco merecedor de atenção especial.

• Portanto, pessoas ativas, especialmente os idosos, devem ser incentivados a tentar manter seus exercícios físicos, mesmo que sejam necessárias algumas adaptações quanto a locais de prática ou contatos pessoais, procurando sempre prestar atenção às orientações dos órgãos oficiais de saúde.

• De acordo com as recomendações da OMS e do Ministério da Saúde do Brasil (MSB), que são aqui endossadas pela SBMEE, deve-se evitar estar em locais fechados, com grande número de pessoas ao mesmo tempo. Desta forma, a ida a academias, clubes esportivos e similares, onde esta situação e aglomeração ocorra, deve ser evitada por todos.

• A prática de exercícios ao ar livre deve respeitar as recomendações da OMS e do MSB de evitar contato próximo de outras pessoas e obedecer a etiqueta respiratória e higiênica.

• Na presença de sintomas e sinais compatíveis com infecções respiratórias como febre, tosse, dispneia (falta de ar), a prática de exercícios deve ser suspensa.

Nesta oportunidade, parabenizamos o Ministério da Saúde do Brasil pela transparência referente às informações sobre a pandemia de COVID-19 e pela postura serena, porém firme, com que vem lidando com esta situação.

Participaram da elaboração deste documento da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e doEsporte:
Presidente:

Dr. Marcelo Bichels Leitão
Diretor Científico: Dr. José Kawazoe Lazzoli
Diretor de Comunicação: Dr. Fernando Carmelo Torres
Presidente Eleito: Dr. Marcos Henrique Laraya

 

 

 

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